O Plenário da Câmara Municipal aprovou ontem projeto de indicação que sugere à Prefeitura estabelecer eleições diretas para diretor das escolas municipais. De autoria do vereador Vitor Valim (PMDB), a proposição foi amplamente debatida na Câmara Municipal. A maioria dos vereadores que justificou seu voto defendeu o mérito do projeto. Dr. Ciro (PTC), por exemplo, declarou que eleições diretas trariam maior imparcialidade à gestão e acabariam com a possibilidade de indicações políticas.
Atualmente, a escolha dos diretores é prerrogativa do Executivo. Plácido Filho (PDT), João Alfredo (PSOL) e Jaime Cavalcante (PP) destacaram que a realização de eleições diretas fazia parte da plataforma política da prefeita quando foi eleita. “O mais contraditório é que o governo do PSDB, na gestão de Antenor Naspolini na Secretaria da Educação do Estado, estabeleceu eleições diretas para diretor e o governo do PT, não”, apontou João Alfredo.
Carlos Mesquita (PMDB) se mostrou contra a proposição, justificando que o cargo de diretor de escola é um cargo de confiança, ocupado sob regras definidas pela administração, como ser funcionário da área da educação e ter cursos de capacitação. “A prefeita não deve mandar esse projeto de volta como projeto de lei porque não é de seu interesse”, finalizou.
Eron Moreira (PV), no entanto, apostou que Luizianne vai, sim, acatar ao projeto. “A prefeita vai querer marcar sua história com isso. Devemos avançar no sentido de acabar com eventuais ‘currais eleitorais’.” Guilherme Sampaio (PT), líder de seu partido na Câmara, explicou que, atualmente, a indicação dos diretores de escolas é realizada a partir de uma lista tríplice. Para ele, o modelo ideal de escolha para esses cargos deve unir votação e avaliação técnica que ateste a qualificação dos candidatos para o cargo.
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