Alta do dólar deve elevar o preço do pão e dos derivados do trigo


O atual valor do dólar poderá aumentar o preço do trigo e seus derivados, inclusive o pão nosso de cada dia”. A observação é de Eugênio Pontes, presidente do Sindicato de Massas e Sindicato do Trigo no Ceará, acrescentando que se a moeda americana continuar no patamar em que se encontra atualmente, invariavelmente haverá aumento nos derivados desse alimento. Segundo ele, o dólar era esperado chegar, no máximo, em R$ 1,80. Mas nos últimos dias já ultrapassou a marca de R$ 1,90 - andando perto dos R$ 2,00. 

“Se o valor do dólar continuar na faixa acima de R$ 1,90 não há qualquer dúvida de que o preço do trigo e seus derivados vai aumentar”, ressaltou.
Ele não quis prever quando esse aumento deverá acontecer, mas acredita que não deve demorar muito. Se o valor do dólar baixar para a faixa R$ 1,80 e se estabilizar, Eugênio acredita que não deverá haver aumento do preço do trigo e seus derivados. Mas, continuando com a tendência de alta que está nesse momento, a elevação de preço vai vir de qualquer jeito. “Isso porque os moinhos e as padarias não terão como absorvê-lo ou aceita-lo”. O presidente das entidades afirmou que não é possível saber qual seria o aumento dos derivados do trigo, por conta disso, 
observando que tudo vai depender do valor que o dólar alcançar.
REPASSE
Eugênio Pontes ressaltou que o atual preço do trigo já é considerado alto e, em cima dele sendo acrescido o atual valor do dólar, sem dúvida deverá haver algum tipo de repasse - tanto na área de moinhos, como de padarias. Ele lembra que a maior parte do trigo, principalmente aquele que é destinado para o Nordeste brasileiro, vem de outros países como Estados Unidos e Canadá, e o pagamento é feito em dólar. Por isso é natural que haja uma elevação de preços, por conta do movimento para cima que vem sendo observado na cotação do dólar.

Pontes informou, ainda, que o abastecimento de trigo está normal e que não há crise na área dos países fornecedores, devendo assim continuar daqui para frente, sem afetar em nada no consumo dos derivados. “O problema do trigo, agora, está somente no alto valor que o dólar tem alcançado, mas se houver queda no preço da moeda norte americana, não haverá aumento nos derivados”, arrisca.

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