Delta abandona obras da Copa em Fortaleza
A Construtora Delta abandonou as obras de mobilidade urbana em Fortaleza previstas para a Copa do Mundo de 2014
Agora é oficial. A construtora Delta abandonou as obras de mobilidade urbana em Fortaleza previstas para a Copa do Mundo de Futebol. A informação foi confirmada pela Prefeitura da Capital durante entrevista coletiva na tarde de ontem. Um novo processo de licitação será aberto e o reinício das obras terá, pelo menos, mais 90 dias de atraso. Ainda segundo informações divulgadas durante a coletiva, a Prefeitura de Fortaleza tem uma dívida de R$ 5 milhões com a Delta. Estima-se que, em 30 dias, a nova empresa que assumirá as obras seja anunciada pela Prefeitura.
Em ofício encaminhado à Prefeitura, a Delta explicou que “ocorre que o atual momento societário, não permite a continuidade das obras”. O valor total para as obras de mobilidade urbana em Fortaleza que competem à Prefeitura é de cerca de R$ 260 milhões.
“A prioridade, agora, é correr com a licitação, com todo o aparato jurídico, para pô-la no ar”, disse o titular da Coordenadoria de Projetos Especiais, Relações Institucionais e Internacionais (Cooperii), Geraldo Accioly. O secretário explicou que a licitação deve abranger tanto a parte ainda não contemplada quanto a parte que corresponde à rescisão do contrato com a Delta.
Segundo explicou Accioly, as obras de mobilidade urbana são acompanhadas em tempo real pelo Ministério do Esporte, Ministério do Planejamento e demais órgãos e consultorias que sabem como está o ritmo dos serviços. “Essas obras só foram começar após decisões do governo federal, já que os Estados não têm autonomia para iniciar esses serviços. Mas eu garanto que essas obras serão concluídas. Esse atraso não trará prejuízos a Fortaleza junto à Fifa”. Entre as obras que deverão ter prioridade, estão as das avenidas Dedé Brasil e Via Expressa, de alargamento da avenida Alberto Craveiro e da instalação da estrutura do túnel na rotatória da Paulino Rocha com Alberto Craveiro.
“A prioridade, agora, é correr com a licitação, com todo o aparato jurídico, para pô-la no ar”, disse o titular da Coordenadoria de Projetos Especiais, Relações Institucionais e Internacionais (Cooperii), Geraldo Accioly. O secretário explicou que a licitação deve abranger tanto a parte ainda não contemplada quanto a parte que corresponde à rescisão do contrato com a Delta.
Segundo explicou Accioly, as obras de mobilidade urbana são acompanhadas em tempo real pelo Ministério do Esporte, Ministério do Planejamento e demais órgãos e consultorias que sabem como está o ritmo dos serviços. “Essas obras só foram começar após decisões do governo federal, já que os Estados não têm autonomia para iniciar esses serviços. Mas eu garanto que essas obras serão concluídas. Esse atraso não trará prejuízos a Fortaleza junto à Fifa”. Entre as obras que deverão ter prioridade, estão as das avenidas Dedé Brasil e Via Expressa, de alargamento da avenida Alberto Craveiro e da instalação da estrutura do túnel na rotatória da Paulino Rocha com Alberto Craveiro.
Accioly garantiu que a rescisão de contrato por parte da empresa não causará nenhum prejuízo aos cofres municipais, pois o primeiro pagamento no valor de R$ 880 mil a ser realizado pela Prefeitura para a empresa, previsto para esta semana, foi cancelado diante da atual conjuntura.
Sem atraso
Sobre os eventuais atrasos no calendário de conclusão das obras, Accioly disse que “é claro que nós temos pressa em terminar as obras, e já foi até votada a Lei Geral da Copa, mas acredito que com as medidas que estamos tomando, inclusive a de que a empresa vencedora da licitação trabalhe em quatro turnos, vamos recuperar esse tempo perdido”.
Sobre os eventuais atrasos no calendário de conclusão das obras, Accioly disse que “é claro que nós temos pressa em terminar as obras, e já foi até votada a Lei Geral da Copa, mas acredito que com as medidas que estamos tomando, inclusive a de que a empresa vencedora da licitação trabalhe em quatro turnos, vamos recuperar esse tempo perdido”.
A Delta Construções venceu licitação para tocar o pacote de obras de mobilidade urbana para a Copa de 2014 em Fortaleza. As obras ao longo da Via Expressa e na avenida Paulino Rocha seriam iniciadas no mês de maio. A Delta, no entanto, está envolvida em uma série de denúncias de corrupção no esquema supostamente comandado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira. A construtora já havia abandonado obras no Rio de Janeiro.
Repercussão na Câmara
O assunto tem sido pautado pelas Casas Legislativas, desde a semana passada. Ontem, três requerimentos referentes ao contrato da empresa Delta com a Prefeitura estavam na pauta da sessão ordinária, na Câmara Municipal de Fortaleza. De autoria do vereador Dr. Ciro Albuquerque, as propostas solicitavam que, além da criação de uma comissão para acompanhar e fiscalizar as obras, o Ministério Público (MP) e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) analisassem “minuciosa” os contratos e licitações vencidos pela construtora, que executava as obras da Prefeitura referentes à mobilidade urbana para Copa do Mundo. Contudo, as matérias não foram aprovadas, uma vez que a sessão foi encerrada por falta de quórum.
O assunto tem sido pautado pelas Casas Legislativas, desde a semana passada. Ontem, três requerimentos referentes ao contrato da empresa Delta com a Prefeitura estavam na pauta da sessão ordinária, na Câmara Municipal de Fortaleza. De autoria do vereador Dr. Ciro Albuquerque, as propostas solicitavam que, além da criação de uma comissão para acompanhar e fiscalizar as obras, o Ministério Público (MP) e o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) analisassem “minuciosa” os contratos e licitações vencidos pela construtora, que executava as obras da Prefeitura referentes à mobilidade urbana para Copa do Mundo. Contudo, as matérias não foram aprovadas, uma vez que a sessão foi encerrada por falta de quórum.
Na opinião do parlamentar, ao contrário do que diz a gestão, a base de oposição contribui “muito” para a administração da prefeita Luizianne Lins, pois aponta erros a serem corrigidos. “Lamentamos, mas graças aos nossos requerimentos e as intervenções da oposição os recursos públicos não tomarão outros rumos”, salientou.
O vereador Marcelo Mendes (PTC) relembrou que, no ano passado, questionou a realização de uma licitação “guarda-chuva” da Prefeitura para contratação de empresa para manutenção contínua de diversos serviços ao município. Na ocasião, ele apontou problemas com obras públicas envolvendo a construtora.
O vereador Marcelo Mendes (PTC) relembrou que, no ano passado, questionou a realização de uma licitação “guarda-chuva” da Prefeitura para contratação de empresa para manutenção contínua de diversos serviços ao município. Na ocasião, ele apontou problemas com obras públicas envolvendo a construtora.
Mendes lembrou ainda que, na época, o TCM suspendeu o processo licitatório e solicitou à gestão municipal a separação dos objetos do certame. “Agora, a verdade veio à tona”, disse o parlamentar, criticando Geraldo Accioly. (colaborou Laura Raquel).
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