Acusado pelos amigos de transportar um escorpião no bolso, Fernando Henrique Cardoso considera-se injustiçado. De passagem pelo Qatar, deu uma prova do seu desapego à pecúnia. Fez uma doação ao multimilionário sheik Faisal al-Thani.
Dono de uma das maiores fortunas do planeta, o sheik Faisal é um colecionador notável. Mantém as peças de sua coleção –roupas, livros, automóveis e um interminável etc.— num museupaticular. Faltava-lhe no acervo uma nota de Real.
Não falta mais. FHC doou ao sheik um exemplar da moeda que ajudou a criar como ministro da Fazenda de Itamar Franco. Puxou do bolso uma nota de R$ 2. Parece pouco. Mas quem convive com escorpião sabe: o dar dói. E o chorar não devolve.
Para não dizerem que perdeu a cabeça, FHC saiu do encontro com o sheik em vantagem. Recebeu dele um vistoso traje árabe. De resto, beliscou na viagem honorários do Itaú Unibanco.
O ex-presidente foi ao Oriente Médio a convite da casa bancária. Fez palestras a potenciais investidores no Brasil. Na sua página no Facebook, FHC expôs as fotos e uma reportagem que o levou às páginas do ‘The Gulf Times’, do Qatar.
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