Cúmulo da ironia: musa do Cachoeiragate, um escândalo que desnudou reputações, Andressa Mendonça é dona de uma loja de roupas íntimas. Inaugurou-a no ano passado, em Goiânia. Celebrada num programa de tevê chamado Aplauso, a mulher de Carlinhos Cachoeira discorreu sobre sua casa de lingeries. Coisa fina. Dispõe até de ‘sala de fetiches’.
Em 6 de março, ainda no alvorecer da encrenca que o engolfou, Demóstenes Torres insinuara, em discurso, que seus contatos telefônicos com Cachoeira amiudaram-se por conta de um drama vivido por amigos. Daí as mais de quatro centenas de diálogos captados pelos grampos da Polícia Federal.
Demóstenes não mencionou nomes. Mas referia-se à separação de seu suplente, o construtor Wilder Pedro. Vem a ser ex-marido de Andressa. A bela trocara-o por Cachoeira. O vazamento dos grampos revelou que o senador tratava com o contraventor de assuntos bem menos prosaicos.
Tomado pelo teor das tratativas, Demóstenes estava, sabe-se agora, mais próximo da atmosfera despida da loja de Andressa do que do ambiente circunspecto do Senado. Com uma ressalva: a clientela da mulher de Cachoeira busca a realização na nudez insinuada. Ao relacionar-se com o contraventor, o senador alcançou o nu absoluto. Sob ternos bem cortados, tornou-se a mais despida das criaturas.
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