Quarenta
e oito horas depois de encontrar-se com o tucano José Serra, o pastor
Silas Malafaia veiculou na web, nesta quinta-feira, novo vídeo
com ataques ao petista Fernando Haddad. Chama-o de “incompetente”, diz
que foi “um péssimo ministro da Educação” e vincula-o, uma vez mais, ao
material didático anti-homofobia –“kit gay”, segundo sua definição— que
seria distribuído nas escolas pelo governo em 2011.
Malafaia é o líder da igreja pentecostal Assembléia de Deus Vitória em Cristo. Embora esteja baseado no Rio, pôs-se a defender Serra nas redes sociais já no primeiro turno. Na terça-feira (9), reuniu-se com o candidato tucano em São Paulo. Depois, disse que utilizaria o “kit gay” para “arrebentar” Haddad.
No mesmo dia, o candidato petista reagiu assim: “O Serra instrumentaliza as religiões. A minha família está muito indignada mas eu perdoo. Perdoo porque acho que meu papel nesta eleição é tentar trazer um pouco de luz para o debate.” Evocou 2010, quando o tema do aborto foi usado contra Dilma Rousseff. “Ele já foi derrotado em 2010 em função desse comportamento e eu entendia que ele tinha aprendido a lição”.
Foi a pretexto de responder a essas declarações que Malafaia divulgou o novo vídeo. A peça tem 12m15s. Nela, o pastor acusa Haddad de desrespeitar os religiosos. Invoca o seu direito constitucional à liberdade de expressão. Diz que fala em nome próprio, não de sua igreja. Paradoxalmente, jacta-se de exercer influência sobre a comunidade evangélica.
Em timbre virulento, Malafaia dirige-se diretamente a Haddad, como se falasse com ele: “É engraçado. Quando algum líder evangélico apoia vocês, é opinião. Quando apoia o outro lado, é fundamentalista religioso. O povo não é otário não, Haddad.”
Diz coisas assim: “Esse senhor não merece ser prefeito de São Paulo porque não assume as burradas que fez, porque foi um péssimo ministro da Educação e porque não tem competência para ser prefeito de São Paulo.” No final, pede votos para Serra. Chega mesmo a propagandear o número do candidato.
Antes da divulgação do vídeo, Serra fora questionado, nesta quinta (11), sobre o encontro que tivera com o aliado pentecostal. Disse: “Não assumi nenhum tipo de compromisso com o pastor Malafaia. Ele me apoia, não pediu nada em troca”. Indagou: “Qual o problema do apoio do Malafaia?”
Serra cuidou de içar à superfície o ministro Marcelo Crivella (Pesca), bispo licenciado da igreja Universal do Reino de Deus e senador do PRB, partido de Celso Russomanno: “Eu lembraria que o governo do PT tem um ministro de uma igreja, a partir de uma negociação política.”
Serra e o tucanato atravessaram o primeiro turno criticando Russomanno, terceiro colocado na disputa, pelos vínculos que uniam a campanha dele à Universal e à TV Record, emissora do autoproclamado bispo Edir Macedo. Agora, o candidato do PSDB busca atrás dos púlpitos o milagre da multiplicação dos votos. Por ora, informa o Datafolha, Haddad prevalece nos principais grupos religiosos.
Malafaia é o líder da igreja pentecostal Assembléia de Deus Vitória em Cristo. Embora esteja baseado no Rio, pôs-se a defender Serra nas redes sociais já no primeiro turno. Na terça-feira (9), reuniu-se com o candidato tucano em São Paulo. Depois, disse que utilizaria o “kit gay” para “arrebentar” Haddad.
No mesmo dia, o candidato petista reagiu assim: “O Serra instrumentaliza as religiões. A minha família está muito indignada mas eu perdoo. Perdoo porque acho que meu papel nesta eleição é tentar trazer um pouco de luz para o debate.” Evocou 2010, quando o tema do aborto foi usado contra Dilma Rousseff. “Ele já foi derrotado em 2010 em função desse comportamento e eu entendia que ele tinha aprendido a lição”.
Foi a pretexto de responder a essas declarações que Malafaia divulgou o novo vídeo. A peça tem 12m15s. Nela, o pastor acusa Haddad de desrespeitar os religiosos. Invoca o seu direito constitucional à liberdade de expressão. Diz que fala em nome próprio, não de sua igreja. Paradoxalmente, jacta-se de exercer influência sobre a comunidade evangélica.
Em timbre virulento, Malafaia dirige-se diretamente a Haddad, como se falasse com ele: “É engraçado. Quando algum líder evangélico apoia vocês, é opinião. Quando apoia o outro lado, é fundamentalista religioso. O povo não é otário não, Haddad.”
Diz coisas assim: “Esse senhor não merece ser prefeito de São Paulo porque não assume as burradas que fez, porque foi um péssimo ministro da Educação e porque não tem competência para ser prefeito de São Paulo.” No final, pede votos para Serra. Chega mesmo a propagandear o número do candidato.
Antes da divulgação do vídeo, Serra fora questionado, nesta quinta (11), sobre o encontro que tivera com o aliado pentecostal. Disse: “Não assumi nenhum tipo de compromisso com o pastor Malafaia. Ele me apoia, não pediu nada em troca”. Indagou: “Qual o problema do apoio do Malafaia?”
Serra cuidou de içar à superfície o ministro Marcelo Crivella (Pesca), bispo licenciado da igreja Universal do Reino de Deus e senador do PRB, partido de Celso Russomanno: “Eu lembraria que o governo do PT tem um ministro de uma igreja, a partir de uma negociação política.”
Serra e o tucanato atravessaram o primeiro turno criticando Russomanno, terceiro colocado na disputa, pelos vínculos que uniam a campanha dele à Universal e à TV Record, emissora do autoproclamado bispo Edir Macedo. Agora, o candidato do PSDB busca atrás dos púlpitos o milagre da multiplicação dos votos. Por ora, informa o Datafolha, Haddad prevalece nos principais grupos religiosos.
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