Juiz nega anulação da eleição e Heitor Férrer diz que vai recorrer

 A Coligação Fortaleza Merece Mais (PDT/PPS) e os Partidos PDT e PPS, que têm Heitor Férrer como candidato à Prefeitura de Fortaleza, esclarecem que recorrerão da decisão do Juiz Eleitoral da 114ª Zona, que, no fim da tarde de ontem, indeferiu o pedido de suspender as eleições municipais em Fortaleza.
A Coligação enfatiza que a normalidade do processo eleitoral foi quebrada quando uma rede nacional de televisão divulgou pesquisa completamente distorcida da realidade, como expressamente reconhecido na decisão. Tal fato configurou uso indevido de meio de comunicação social em prejuízo de candidaturas.
Ao colocar o nome do candidato Heitor Férrer em quarto lugar, quando este já se apresentava como terceiro colocado, prejudicou gravemente sua candidatura. É fato público e notório que a divulgação da pesquisa errada afastou os eleitores indecisos, que optaram por conceder o “voto útil” aos candidatos mais bem posicionados na pesquisa flagrantemente distorcida. A Coligação Fortaleza Merece Mais (PDT/PPS) e os Partidos PDT e PPS reafirmam o propósito de lutar até as últimas instâncias do poder Judiciário na busca da preservação da lisura das eleições em Fortaleza.
O juiz Mário Parente, contudo, asseverou que “é inegável que os percentuais de votos apresentados pelos institutos de pesquisas Datafolha e Ibope, não retratam a realidade das urnas e apresentaram números muitos diferentes em relação a candidatura de Heitor Férrer”. Mário Parente notificou os institutos e candidatos que irão disputar o segundo turno, para que estes apresentem defesa.
Para o advogado do partido Djalma Pinto, a publicação da pesquisa no Jornal Nacional, às vésperas da eleição, excluindo o nome de Heitor da perspectiva de concorrer o segundo torno em Fortaleza, “comprometeu a normalidade do processo eleitoral de Fortaleza”.
Prejudicado
Heitor alega que “foi prejudicado, pelas informações inverídicas prestadas através dos institutos – Ibope e Datafolha, onde, ainda foram divulgadas pela imprensa cearense”. Heitor, ainda afirma que o fato das pesquisas pontuarem menos do que a realidade influenciaram o eleitor a realizar “o voto útil”, votando em quem estivesse à frente das pesquisas, para não perder o voto, contudo, “se os institutos divulgaram tais informações de propósito, por equívoco ou má-fé, não temos outro caminho, a não ser buscar no Judiciário a justiça”, pontuou.
O deputado federal e também presidente do PDT no Ceará, André Figueiredo, afirmou durante uma entrevista coletiva, que “as pesquisas ludibriaram a população, os meios de comunicação e todos os candidatos, com publicações inverídicas, sendo desmentida nas urnas”.
André considera “um verdadeiro absurdo” sobre os resultados das pesquisas e questiona a credibilidade, no qual os institutos apresentam uma metodologia, que aponta 95% de acerto, dentro de uma margem de erro de três pontos percentuais.
Já Alexandre Pereira, que durante a disputa era o vice de Heitor, afirmou que “Fortaleza sofreu um estelionato eleitoral”. Alexandre defendeu que “10 dias antes do pleito, as pesquisas internas mostravam que Heitor estava à frente de Moroni”. Segundo ele, através de “informações confidenciais, os Institutos tinham estas informações, mas no sábado, colocaram Heitor em quarto lugar”.
ERRO RECONHECIDO
Após apuração dos votos, constatou-se que Heitor ficou em terceiro lugar, com mais de 260 mil votos, obtendo 20,97%, contrariando as pesquisas, ficando atrás do candidato Roberto Cláudio (PSB), que obteve 23,32% e de Elmano de Freitas (PT), com 25,44%.
No último dia 8, o Ibope enviou uma nota à Imprensa reconhecendo “não ter conseguido captar o crescimento das intenções de voto no candidato Heitor Férrer na disputa pela prefeitura de Fortaleza”. Para Heitor, o reconhecimento do erro, “é uma confissão de culpa”. O diretor geral do instituto Datafolha, Mauro Paulino, afirmou ao portal G1 que o “resultado da pesquisa não pode ser comparado com o resultado das urnas porque entre o final da pesquisa e o dia da eleição os eleitores continuam elaborando o voto”. (Rochana Lyviann, da Redação).

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