A Justiça Federal de Minas Gerais condenou parte dos réus envolvidos
no esquema do mensalão em uma ação paralela da que é julgada pelo STF
(Supremo Tribunal Federal). De acordo com a decisão, o ex-presidente do
PT José Genoíno e o ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares foram
condenados a quatro anos pelo crime de falsidade ideológica.
Ação penal refere-se a empréstimos fraudulentos do Banco BMG para o PT
no período do mensalão - principal escândalo político do governo Lula.
Ela foi remetida à Justiça mineira após o fim do mandato de Genoíno como
deputado. Como ele não se reelegeu em 2010, perdeu o foro privilegiado.
Segundo a denúncia, o ex-deputado foi avalista de contratos dos em nome
do PT, que ele presidia à época. O empresário Marcos Valério, apontado
pelo Ministério Público Federal como operador do mensalão, foi condenado
a quatro anos e seis meses.
Dirigentes do BMG também foram condenados. Entre eles, Márcio Alaor e
Flávio Pentagna, com pena de 5 anos e 6 meses de prisão. Ricardo Annes
Guimarães, presidente do BMG, foi condenado a 7 anos de prisão. João
Batista de Abreu a 6 anos e 3 meses.
A juíza Camila Franco e Silva Velano pediu para que o ministro Joaquim
Barbosa, relator da ação penal do mensalão no STF, seja comunicado da
decisão. As defesas dos acusados não foram localizadas.
MENSALÃO
Na ação sobre o mensalão que está em julgamento no Supremo, Genoíno e
Delúbio já foram condenados por corrupção ativa. Os dois ainda respondem
pelo crime de formação de quadrilha, mas os ministros da corte ainda
não julgaram esse crime. As penas atribuídas aos dois réus devem ser
definidas pelos ministros apenas ao fim do julgamento, ainda sem data
para acabar.
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