A dinheirama de corrupção que o Partido do Mensalão usaria para comprar votos no interior do Pará. O PT não se emenda.
A Polícia Federal intimou para prestar
depoimento o coordenador da campanha petista de Parauapebas (PA) e o
empresário que se identificou como dono do R$ 1,1 milhão apreendido
nesta semana no aeroporto da cidade. O início dos depoimentos está
previsto para o dia 9. Na terça-feira passada policiais apreenderam o
dinheiro com um casal que acabara de desembarcar na cidade. A PF tem
indícios de que o dinheiro seria entregue a Alex Ohana, coordenador da
campanha do PT à prefeitura e ex-secretário local de Saúde.
O juiz eleitoral responsável pelo
apreensão do dinheiro disse à PF ter visto Ohana deixar o aeroporto
assim que percebeu a chegada dos policiais. A PF disse ter confirmado
com a Infraero a presença de Ohana no local. Outro indício foi dado por
um dos passageiros, que em depoimento disse que o dinheiro seria
entregue ao coordenador da campanha do petista José Couto. Procurado
ontem, Ohana não atendeu os telefonemas. A assessoria da campanha
afirmou que o dinheiro não tem relação com o PT.
Parauapebas, com 153 mil habitantes,
está localizada em região rica em minérios e onde funciona um complexo
da Vale. A cidade é administrada desde 2005 pelo PT. "Há veementes
indícios de prática de crimes eleitorais", disse o delegado da PF
Antônio Carvalho. A White Tratores, que assumiu ser a dona do dinheiro,
assinou segundo registros da prefeitura ao menos oito contratos com o
município desde 2009, no segundo mandato de Darci Lermen (PT), em um
total de R$ 5,4 milhões. Procurada para comentar a prestação dos
serviços e os processos licitatórios, a prefeitura informou que
precisaria de ao menos cinco dias para apurar os dados.
Fonte: Folha de São Paulo
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