"PSB não é obrigado a apoiar PT em 2014", diz Cid

 Fortalecidos como os resultados do primeiro turno das eleições municipais, integrantes da cúpula do PSB afirmaram, ontem, que caso a presidente Dilma Rousseff não dispute à reeleição o partido não tem obrigação de apoiar um candidato do PT em 2014.
“Trabalhamos na hipótese que o governo Dilma, que ela, seja candidata à reeleição. Se não for, zera tudo”, afirmou, o governador do Ceará e integrante da Executiva Nacional do PSB, Cid Gomes.
Questionado se com a ausência de Dilma na disputa de 2014, o PSB apoiaria outro candidato do PT, o governador disse que “o partido não tem obrigação com o PT”.
“Não somos apêndice do PT. Não é uma declaração de guerra é apenas uma constatação”, acrescentou. Na hipótese de Dilma tentar a reeleição, a avaliação do governador é que o partido deverá ter cautela e esperar até 2018.
As declarações foram feitas na saída encontro da cúpula do PSB em Brasília onde é feito um balanço das eleições municipais deste ano. O PSB saiu fortalecido das eleições municipais sendo a legenda que mais cresceu em número de prefeitos em comparação com 2008, passando dos atuais 308 para 436. Essa quantidade de prefeito assegurou a quarta posição entre os demais partidos.
O líder no ranking de prefeitos continua sendo o PMDB, mas caiu de 1.193 para 1025. O segundo é o PSDB que também registrou queda passando de 787 para 628. O PT em terceiro lugar registrou aumento de 550 para 628. Cid Gomes disse que o partido ainda tem potencial para crescer em todo o país mesmo tendo como o PT e o PMDB como possíveis adversários. “Acho que a gente pode crescer mostrando a nossa diferença no processo político, mas fundamentalmente no modo de administrar”.
MENSALÃO
Na avaliação do governador as condenações de integrantes da cúpula do PT no processo do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal) servem para mostrar que a política “tem limites”.
“Sinceramente não fico feliz, nem comemoro a condenação de ninguém. Mas acho que esse processo tem sido importante para demarcar bem que a política tem o seu limite. Aquela história que política vale tudo não pode prevalecer”, disse o socialista.
Questionado se o PT tinha perdido limites, o governador se esquivou: “Não digo o PT, mas algumas pessoas do PT que participaram desse processo de negociação de apoio político, de votos, no Congresso a partir de dinheiro. Isso é absolutamente fora dos limites da ética”.

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