Sábado de Claudio Humberto

‘Biografia’ pode
atenuar punição
de mensaleiro

Advogados de defesa e os próprios réus do mensalão alimentam agora a expectativa de que as sentenças, inclusive de prisão, podem ser atenuadas em razão das “biografias” dos acusados. A expectativa foi gerada pelo ministro Carlos Ayres Brito, presidente do Supremo Tribunal Federal, ao admitir, na sessão de quarta (10), que a história do réu pode ser considerada, por ocasião da “dosimetria” das sentenças.
  • Capítulo final

    Ao definir a dosimetria, fase final do julgamento, os ministros do STF fixarão as penas a serem cumpridas por cada um dos condenados.

  • Tristeza

    Vários ministros, como Rosa Weber, não esconderam a tristeza pela condenação de réus como o ex-deputado José Genoino.
  • Reconhecimento

    Até ministros que condenaram Genoino reconheceram que ele não se locupletou do dinheiroduto do mensalão do governo Lula.

    Fatos julgados

    A ministra Cármen Lúcia foi o primeiro integrante do STF a lembrar que estão em julgamento “fatos” e não as histórias dos acusados.

    Índios e ONGs
    querem apito: 10%
    de Belo Monte

    A questão, afinal, não é ambiental, é grana: representante da Amazon Watch, ONG sediada em São Francisco (EUA), Maira Irigaray informou à rede de notícias Bloomberg que índios “ribeirinhos” e outros setores contrários à conclusão da obra da usina de Belo Monte ficarão muito satisfeitos se receberem 10% dos lucros com a venda da energia a ser gerada. Além disso, também pedem uma mesada de R$ 3 mil.

    Eles têm um preço

    Entre as muitas exigências para deixar em paz as obras de Belo Monte, índios ribeirinhos e pescadores pedem barcos “mais potentes” .

    Ecopicaretagem

    O detalhe, na da usina de Belo Monte, é que na região não há “índios ribeirinhos” a serem prejudicados num raio de dezenas de quilômetros.

    Contas


    O ex-governador do DF José Roberto Arruda (sem partido) trabalha para que os deputados distritais aprovem as contas de sua gestão.

    Quem manda

    Na biografia “Entre o sonho e poder”, lançada em agosto (Geração), José Genoino diz que com José Dirceu foi contra a coalizão com PP, PL e PTB, mas Lula a aprovou. Deu no que deu. E ele “não sabia”.

    ‘Honoris causa’

    A condenação dos “principais assessores” de Lula tem sido destaque na imprensa mundial, dos EUA à China, onde a pena por corrupção é fuzilamento. Jornal espanhol falou em “mão direita” do ex-presidente.

    Borduna

    Dizer que “fotógrafo e jornalista bom é jornalista morto” não foi a primeira do advogado de Delúbio Soares, Sebastião Juruna. Em 2010, ele teve que se desculpar perante o juiz, após ofender um procurador.

    Sem medo

    O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) não gostou que sua equipe tenha retirado post de seu Facebook contra o comércio de armas. “A decisão foi absurda, eu não tenho medo de gente armada”.

    Bolsonaro tripudia

    Ao comentar a condenação de José Genoino no julgamento do mensalão, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) ironizou: “Vai tirar férias na Papuda, quero visitá-lo. Tadinho. É sujeito honesto perseguido”.

    Devo, não nego

    Nem Maluf, hábil em se safar de encrencas, pode explicar essa: ser obrigado a devolver R$ 21,3 milhões até o final do mês, 16 anos depois de o PT, hoje aliado, exigir na Justiça a devolução à prefeitura.

    Solidariedade em flores

    Apesar da eficiência da ex-procuradora-geral da União Hélia Bettero no combate à corrupção, ela acabou demitida pelo ministro Luiz Adams (AGU). Os colegas a homenageiam mandando-lhe flores, muitas flores.

    Vale de lágrimas

    Estranho país, o Brasil: enquanto o povo ri com a Justiça condenado  os mensaleiros, os gabinetes do poder choram em Brasília.


    Poder sem pudor

    Bom da cabeça

    Foto
    O governador do Ceará, Virgílio Távora, adorou ser aplaudido com entusiasmo ao chegar no Asilo de Pirangaba. A direção do hospício havia preparado uma bela festa para o governador, na esperança de que ele resolvesse suas eternas dificuldades financeiras. Em meio à festa, um assessor de Távora percebeu que apenas um doente não aplaudia  seu chefe. Foi até o homem e perguntou por que ele não batia palmas. A resposta foi imediata:
    - Porque eu não sou doido, oras.

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