As tristes heranças de Luiziane Lins


Vereadora quer retirar placa de inauguração do Cuca do São Cristóvão

O requerimento solicitando que a Prefeitura de Fortaleza retire a placa de inauguração do Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte, denominado Cuca Chico Anísio, foi um dos temas que motivou debate na sessão plenária da Câmara Municipal, ontem. Também foi discutida a destinação de emendas parlamentares a associações ligadas a vereadores ou familiares.
A vereadora Toinha Rocha (PSOL), autora da proposta, quer a conclusão da obra para que, posteriormente, ocorra, de fato, a inauguração do Cuca Chico Anísio, no bairro São Cristóvão. O projeto deixa claro que, até o momento, apenas 70% da obra foi concluída. A parlamentar justifica a falta de conclusão da obra, por tanto tempo, causa prejuízo ao patrimônio público, além de prejudicar a juventude carente da região. Além disso, a parlamentar solicita esclarecimento sobre o atraso da obra, já que foram disponibilizados no Orçamento.
O vereador Carlos Mesquita (PMDB) considerou provocação a proposta. Segundo destacou, embora não esteja concluída, a obra apresenta alguns benefícios à comunidade. Antes, refúgio da marginalidade do bairro e acúmulo de lixo. Mesquita lamentou, visto que a matéria é um ato disfarçado para incentivar uma discordância na Casa. “Lamento os que votaram favorável para apenar Luizianne [Lins]”, criticou o peemedebista, ao dizer que estes estariam “chutando cachorro morto”.  E, assim, solicitou a retirada da matéria, afirmando não entender a motivação do requerimento, inclusive informou ter solicitado ao prefeito Roberto Cláudio (PSB) evitar polemizar assuntos da gestão anterior. Para ele, o importante é a construção de projetos de desenvolvimento para cidade.
“REVANCHISMO”
João Alfredo (PSOL) defendeu a ideia do requerimento, lançada por Toinha. O socialista diz concordar com a matéria, tendo em vista não haver qualquer sentimento de “revanchismo”. “Ao suscitar este debate, ela [Toinha] está pensando no daqui para frente. Na responsabilidade dos gestores inaugurar [obras], antes de ter sido concluídas”, salientou.
Deodato Ramalho (PT) afirmou que, independentemente da aprovação da Casa, o prefeito tomar esta iniciativa de retirar a placa de inauguração do Cuca, o que, segundo ele, portanto, a solicitação de Toinha Rocha representa uma “perseguição” à gestão anterior. “Se for assim deveria retirar as placas do Hospital de Sobral, que só irá funcionar em maio, mas já foi inaugurado pelo Governo do Estado”, pontuou. Toinha disse que, apesar dos questionamentos levantados, o objetivo é fazer com que os gestores não inaugurem obras sem estarem concluídas. Ao final, Toinha retirou por 48 horas o requerimento. A proposta voltará a ser apreciada após recesso do carnaval.

EMENDAS
Sobre as emendas parlamentares, alguns vereadores defenderam uma maior discussão pela Câmara Municipal. Didi Mangueira (PDT) ponderou que o vereador ao apresentar sua emenda, além de fiscalizar,  divulgue a destinação das mesmas, a fim da comunidade também colaborar na fiscalização da aplicação dos recursos públicos.
Para João Alfredo, é preciso cortar o “cordão umbilical” da relação clientelista entre entidades e vereadores.

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