MPF ajuíza ação contra ex-prefeito de Altaneira e outras quatro pessoas
Na gestão de Antônio Dorival de Oliveira, a prefeitura realizou procedimentos licitatórios fraudulentos para a aquisição de medicamentos e materiais médico-hospitalares
O Ministério Público Federal no Ceará, por meio da Procuradoria da República Polo - Juazeiro do Norte/ Iguatu, ajuizou ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito do município de Altaneira (600 km de Fortaleza), Antônio Dorival de Oliveira, mais quatro pessoas e uma empresa responsáveis por fraudar processos licitatórios.
De acordo com relatório de fiscalização da comissão
parlamentar de inquérito da Câmara Municipal de Altaneira, analisado
pelo MPF, a Prefeitura de Altaneira, na gestão de Antônio Dorival de
Oliveira, realizou procedimentos licitatórios fraudulentos para a
aquisição de medicamentos e materiais médico-hospitalares. Os recursos
para a realização das compras, no valor de R$ 150 mil reais, foram
transferidos pelo Ministério da Saúde, por meio do Piso de Atenção
Básica da Saúde.
Durante o esquema, o então prefeito de Altaneira
fracionou despesas e homologou os procedimentos licitatórios simulados
favorecendo à empresa laranja Antônia Cícera Paz da Silva-ME com o
intuito de beneficiar o próprio irmão, Marques Dorivan de Oliveira,
representante da empresa convidada na licitação.
"Da mesma forma, os membros da Comissão Permanente
de Licitação, dentre eles, o então Secretário de Saúde Wellington Lins
Alencar, participaram ativamente dos atos de improbidade, visto que
foram diretamente responsáveis pelas absurdas cotações de preços, pela
escolha das empresas licitantes e pela montagem dos certames", afirma a
Procuradora da República Lívia Maria de Sousa.
Para o MPF, o enriquecimento ilícito do então
prefeito de Altaneira e dos demais réus restou comprovado uma vez que a
Distribuidora de Medicamentos e Produtos Hospitalares - Antônia Cícera
Paz da Silva-ME não forneceu nenhum medicamento ao Município de
Altaneira, sendo na realidade uma empresa fantasma, constituída em nome
da senhora Antônia Cícera, sem o conhecimento da mesma, quando
trabalhava como empregada doméstica na residência da sogra de Marques
Dorivan.
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