Carnaval especial - de Claudio Humberto
-
Mercadante veta
Chalita para
manter influência
Razões extra-eleitorais inspiram a
hostilidade de Aloizio Mercadante (Educação) ao deputado Gabriel
Chalita, que ele não quer ministro de Ciência e Tecnologia. Segundo
dirigentes do PMDB, Mercadante não larga o osso do antigo ministério,
onde manda, porque lá reside o estratégico Conitec, colegiado de
inovação tecnológica que aprova medicamentos que requisitam compra pelo
governo. Um poder e tanto.
Fogo cerrado
Mercadante e o atual ministro de Ciência e
Tecnologia, Marco Antonio Raupp, que deseja continuar no cargo, tentam
queimar Chalita.
Manda quem pode
Recurso na Justiça mantém na Infraero cinco
servidores comissionados demitidos por justa causa em agosto por
irregularidades em contratos.
-
Vale tudo
Até nomes e CPFs falsos acessam salários dos
servidores na Câmara dos Deputados, com o sistema que garante verificar
quem acessou.
-
Sob segredo
O deputado tucano Marco Tebaldi (SC) acusa o governo Dilma de não esconder os gastos dos mais de 13 mil cartões corporativos.
-
AGU acomoda
dois enrolados
na Porto Seguro
Os procuradores federais Glauco Alves Moreira
e José Weber Holanda, envolvidos na Operação Porto Seguro, foram
transferidos para novos órgãos da estrutura da Advocacia-Geral da União,
como se nada tivesse acontecido. Glauco foi removido de Juiz de Fora
para Brasília, sem prévio concurso de remoção, e Weber Holanda volta a
trabalhar na sede do órgão, mas lotado na Escola da Advocacia Geral da
União.
-
Velho conhecido
Paulo Vieira, preso na operação da PF, esteve em um Congresso sobre Direito Portuário na Escola da AGU, a convite do órgão.
-
Deboche
José Cláudio de Noronha, ex de Rose Noronha,
ainda bate ponto na estatal Infraero, três meses após o escândalo de
diploma comprado.
-
Ficou sem cargo
O governador Antônio Anastasia deu “chega pra lá” no PMDB, ainda em cima do muro sobre se aliar ao PSDB ou com PT, em Minas.
-
Batente doido
Dilma estará de volta ao batente quarta à
tarde Coitado do ministro que não estiver em Brasília. Perdoados só
serão aqueles com permissão especial para passar a semana inteira fora.
Poucos, mas escolhidos.
-
Pronto para arder
O auditório Petrônio Portela, do Senado, tem
só uma entrada e uma saída, nenhuma de emergência, com piso e paredes em
carpete. E os eventos, ali, concentram o dobro da capacidade de 500
lugares.
-
Socialismo ‘brut’
Primeira-dama da França, a mulher do
primeiro-ministro socialista François Hollande adotou o “socialismo com
champanhe”, diz a imprensa local. Valérie vai a todos os desfiles
chiques de alta costura.
-
Caixa preta
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE), uma das mais ricas e inexpugnáveis caixas pretas do
governo federal, gastou uma fábula na reforma da sede, em Brasília, e
esqueceu de escada incêndio. Sua assessoria enrola, engrossa, e não dá
explicações.
-
Lágrimas de ouro
Eike Batista perdeu US$ 300 milhões na Bolsa e
saiu do ranking internacional dos cem bilionários. Mas como disse a
falecida escritora Françoise Sagan é “melhor chorar num Mustang do que
num ônibus.”
-
Chumbo grosso
Garotinho (PR) afirma que a movimentação de
Lindbergh Farias (PT) para 2014 é só para valorizar o passe: “Ele não
pode se candidatar ao governo do Rio porque já foi julgado em colegiado
por improbidade”.
-
Olho gordo
O Ministério Público do Piauí ligou o
desconfiômetro com mais de 200 municípios decretando emergência ou
calamidade pública em 2012 e mais dois em 2013. Podem dispensar
licitações com verba federal.
-
Enchente
O Tribunal de Contas da União fará tomada de
contas especial no porto de Rio Grande (RS): há indícios de R$ 47
milhões superfaturados em dragagem. A justificativa da Secretaria dos
Portos não convenceu.
-
E precisa?
Astrólogos asiáticos prevêem que será
“venenoso” o Ano da Serpente, iniciado ontem. O 11 de Setembro foi no
Ano da Serpente. Oremos.
- Poder sem pudor
-
Loucura como herança
Grande contador de “causos”, o escritor e
ex-ministro Ronaldo Costa Couto escreveu as “orelhas” do livro de Vera
Brant, “JK, O reencontro com Brasília” (Record, Rio, 2002, 94 pp.).
Depois de lembrar que Brant em Minas não fica doido, piora, Costa Couto
contou que certa vez, em 1973, Juscelino Kubitscheck foi conhecer o
apartamento da amiga, em Brasília, e se deparou com um belo carrilhão na
sala.
- Herança do seu avô português, Vera? – perguntou o ex-presidente.
- Não. Da minha família, só herdei a loucura. O resto eu mesma comprei.
Nenhum comentário:
Postar um comentário