Cinzas, por Claudio Humberto do nosso O Estado
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Gurgel pede pressa
no julgamento de
onze governadores
Procurador-geral da República, Roberto Gurgel
pretende que o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral
julguem até julho os processos de cassação de onze governadores. As
ações são por abuso de poder econômico e político, compra de votos e uso
indevido dos meios de comunicação. O Ministério Público já pediu a
cassação de governadores como Tião Viana (PT-AC) e Anchieta Jr.
(PSDB-RR).
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Lista negra
Do PMDB, estão na lista Roseana Sarney (MA),
André Puccinelli (TO) e Sérgio Cabral (RJ). Já do PSB, Cid Gomes (CE) e
Wilson Martins (PI).
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Faltaram provas
Dos eleitos em 2010, o TSE só julgou até
agora a ação contra Rosalba Ciarlini (DEM-RN), também acusada de gastos
ilícitos. Foi absolvida.
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Histórico
Em 2008 e 2009, o TSE cassou o então
governador da Paraíba, Cássio Cunha, do Maranhão, Jackson Lago, e de
Tocantins, Marcelo Miranda.
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Era o que faltava
Escolas públicas do DF copiam as privadas e
exigem material escolar individual e coletivo. Famílias pobres gastam
até R$ 100 com material.
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Dilma quer ‘cortar asas’ de Arthur Virgílio no Amazonas
A presidenta Dilma pediu ao senador Alfredo
Nascimento (PR) para fazer as pazes com o desafeto Eduardo Braga (PMDB) e
unir forças para “cortar as asas” do tucano Arthur Virgílio que, eleito
prefeito de Manaus em 2012, certamente planeja retornar a Brasília como
senador ou disputar o governo estadual. Dilma, nesse caso, é mais uma
“porta-voz” do ex-presidente Lula, que considera Virgílio um inimigo a
abater.
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Derrotados
Lula e Dilma se empenharam na campanha de 2012 em Manaus, mas não evitaram a derrota de Vanessa Graziotin (PCdoB) para o tucano.
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Sem perdão
Sem perdoar o protagonismo dos políticos que
se opuseram a seu governo, no Congresso, Lula investiu forte na derrota
de todos eles.
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Paredão
Lula tentou impedir a reeleição dos senadores
Heráclito Fortes (DEM-PI) e Tasso Jereissati (PSDB-CE). José Agripino
(DEM-RN) escapou.
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Azedou
A cúpula do PMDB decidiu dar um gelo no
deputado Sandro Mabel (GO). Cristão-novo no partido, ele decidiu, de
forma isolada, entrar com ação para anular a eleição de líder, na qual
saiu derrotado.
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Inutilidade
Réu no escândalo “Caixa de Pandora”, o
deputado distrital Aylton Gomes (PR-DF) já tem o que fazer na Câmara
Legislativa do DF: é dele o projeto de criação do “Dia da Despedida do
Servidor Público”.
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A Copa é nossa
Tem muita gente rindo à toa no Conselho
Nacional de Justiça com a nova missão de “coordenar e fiscalizar obras e
litígios” na Copa de 2014: terão viagens, diárias e hotéis nas
cidades-sede para o serviço.
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Confuso
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) ficou
em cima do muro, diante da notícia da renúncia do papa Bento XVI. Ele
não sabe como classificar a atitude, se como uma “fuga” ou um ato de
“coragem”.
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Fábrica de linguiça
É febril o movimento de relatórios de chefões
a assistentes na Infraero às duas consultorias de “diagnóstico”
contratadas pela estatal: têm que justificar o que fazem, em quanto
tempo e se sua área é importante.
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Canoa furada
A solução do antigo conflito da pesca ilegal
na vizinha Guiana esbarra num problemão: a Marinha do Brasil não pode
enviar uma fragata de patrulha ao rio Oiapoque até o fim das
“negociações diplomáticas”.
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Alô, ANS
Clientes da Unimed Brasília sofrem com o
péssimo atendimento. Quando não está ocupado o telefone para marcação de
consulta, a ligação cai antes de completar a solicitação. Nem a
ouvidoria funciona.
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Feijoada
A causa é justa para eles e injusta para nós:
o Brasil importa feijão da China, após doar quase 12 mil toneladas do
produto à Coreia do Norte, Bangladesh e Sri-Lanka, num total de mais de
US$6 milhões, via ONU.
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Assim não dá
Está descartada a candidatura de Fernando Henrique a Papa: ele é agnóstico.
Poder sem pudor
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Para toda a vida
José Paulo Freire era figura folclórica da
política paulista. Transitava de Jânio Quadros para os adversários e
vice-versa com desenvoltura e nenhum constrangimento. Certa vez, quando o
banqueiro Magalhães Pinto articulava a formação do Partido Popular
(PP), ele logo aderiu.
- Você no PP, na oposição? – estranhou o amigo mineiro Olavo Drummond.
Ele justificou, dando uma piscadela:
- Partido de governo dura cinco anos. Partido de banqueiro dura a vida inteira...
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