Poupar em dólar, para fugir da inflação
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Para
escapar da inflação, os argentinos voltaram ao antigo hábito de poupar
em dólar. Mas, no ano passado, o governo impôs controles de câmbio:
quem quiser comprar moeda estrangeira, precisa pedir aprovação da Afip
(a Receita Federal argentina). O governo também bloqueou saques, com
cartões de débito de bancos argentinos, no exterior. E impôs uma taxa
adicional para quem usar o cartão de crédito fora do país.
Ainda assim, os voos para destinos como o Caribe estavam lotados em janeiro – o mês em que a maioria dos argentinos foge das cidades em busca de praias de água quente. “Foi por causa da inflação e do controle ao dólar”, explica Ana Catolino, que trabalha em uma agência de viagens de Buenos Aires. “Desde que limitaram a compra de dólares, nossos clientes têm usado o cartão para comprar pacotes de turismo com tudo incluído, muitos deles em resorts no Caribe ou no México”. Os pacotes são vendidos, de forma parcelada, em pesos argentinos – ao câmbio oficial. No mercado paralelo (que surgiu com o controle de câmbio), o dólar vale quase oito pesos, enquanto no oficial, cinco. “Estou comprando duas passagens para a Europa, em maio. Com a inflação aqui, é melhor que deixar o dinheiro parado, e os preços lá, comparados com os daqui, até que não são altos”, disse o arquiteto Júlio Tolosa. Segundo ele, o congelamento foi uma admissão, por parte do governo, de que o índice oficial de inflação (criticado por economistas independentes e o Fundo Monetário Internacional) está abaixo do real. |
Enquanto isso, na Argentina...
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