MANIFESTAÇÃO NA SMS E PAÇO COBRA VERBAS DA CASA DA ESPERANÇA

Pacientes, pais e funcionários da Casa da Esperança fazem manifestação, na manhã desta quarta-feira, dia 06, a partir das 9h, em frente à sede da Secretaria Municipal de Saúde e no Paço Municipal. Eles reivindicam a liberação das verbas devidas à entidade, repassadas pelo Ministério da Saúde, mas que até agora não foram liberadas. O último pagamento se deu no final de dezembro, dos serviços prestados em setembro. Referência internacional no tratamento e estudo do Autismo, a Casa funciona como Núcleo de Atenção à Saúde, credenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para realizar procedimentos de média e alta complexidade, de acordo com a Portaria/GM no. 1.635 de setembro de 2002, do Ministério da Saúde (MS).

 Os atrasos no repasse dos recursos do Fundo Nacional de Saúde, destinados à Casa da Esperança, se repetem desde 2009, sempre em torno de dois meses. Mas os espaços de tempo foram se tornando cada vez maiores, até atingir quatro meses, com a transição da administração municipal.  Como consequência, a entidade veio acumulando dívidas com funcionários e fornecedores, ao longo de 2012. A expectativa era receber o mês de outubro em meados de janeiro, o que não aconteceu.

Em 25 de janeiro, a secretária Municipal de Saúde, Socorro Martins, recebeu o psicólogo Alexandre Costa e a médica Fátima Dourado, respectivamente presidente e diretora clínica da Casa da Esperança. Na audiência, a secretária se comprometeu a pagar o mês de outubro com a maior brevidade possível e negociar os atrasados, para manter os pagamentos em dia, o que até agora não aconteceu.

Na manhã do mesmo dia, funcionários, diretores e pais fizeram uma assembleia para discutir as dificuldades geradas pela falta do repasse da Prefeitura, esgotadas todas as possibilidades de provimento de vale-transporte e alimentação de pacientes e funcionários. A falta de recursos quebrou a continuidade do atendimento a mais de 400 pacientes com transtorno mental e autismo, através de estimulação neurossensorial. Na assembleia, decidiram fazer cotas para arrecadar o dinheiro do vale-transporte dos funcionários, até que o impasse seja resolvido. Também levam alimentos de casa, para garantir as refeições.

A negociação está travada por um impasse: a Prefeitura exige que a Casa forneça certidões negativas das suas contas a pagar, o que não poderia ser feito porque a entidade não recebeu os recursos para manter seus compromissos financeiros em dia. Vale salientar que esses recursos não são dos cofres municipais, mas do SUS, repassados mês a mês, diante da comprovação da prestação dos serviços feitos pela Casa.

Como a situação está insustentável, decidiram pela mobilização, para cobrar uma providência urgente da secretária Socorro Martins e do prefeito Roberto Cláudio. A manifestação acontece a partir das 9h da manhã, em frente à sede da SMS e segue para o Paço Municipal, na esperança de sensibilizar os gestores para a gravidade da situação.

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