Meu Deus!!!

Pirataria movimenta mais de US$ 500 bi

Uma pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), revelou que a pirataria no setor está presente em 95% dos países do mundo e causa prejuízo anual de, aproximadamente, US$ 520 bilhões. Segundo a associação a movimentação financeira dos piratas é maior que a do tráfico de drogas - estimada em US$ 360 bi por ano.
Entre os países do bloco Bric, o Brasil (57%) ocupa melhor posição que Índia (63%), Rússia (63%) e China (77%). O gigante asiático tem uma das relações mais divergentes de gastos com software legal x ilegal. Isso porque os chineses compram apenas US$ 2,6 bilhões de forma legítima, enquanto US$ 8,9 bi em software é pirateado naquele país. Para a Business Software Alliance (BSA), o valor comercial do software não licenciado adquirido no Brasil chega a US$ 2,8 bilhões, enquanto o adquirido de maneira legal, no País, movimenta em torno de US$ 2,5 bi.
 
De acordo com Luís Mário Luchetta, presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro), atualmente, o Brasil é o que apresenta o melhor índice na América Latina, uma vez que “apenas” 57% dos softwares utilizados no País são piratas, uma vez que a média no continente latino-americano estar na faixa dos 63%. “Isso ainda é um absurdo. O nosso País é o primeiro da região em legalidade, mas ainda tem um número muito alto de produtos piratas. Se conseguíssemos reduzir cerca de 10% deste material ilegal comercializado em território nacional, em quatro anos teríamos uma arrecadação em torno de US$ 4 bilhões, US$ 888 milhões em recolhimento de impostos e, aproximadamente, 12.300 postos de trabalho a mais, disponíveis no setor”, destacou.
 
IMPACTO NEGATIVO
Ele disse, ainda, que muita gente utiliza estes produtos pirateados, como se fosse a coisa mais natural do mundo, sem pensar nos imensos impactos negativos que a prática acaba provocando em vários setores da economia nacional. “O pior de tudo é que esta é uma questão cultural, pois muita gente acha normal a utilização de produtos piratas, quando na realidade isso é um crime. Afinal, está furtando a propriedade intelectual de alguém que investiu fortemente em pesquisa, tecnologia, desenvolvimento de programas, e se achando muito esperto”, lamentou Luís Mário.
 
A Assespro representa o mercado nacional de tecnologia empresarial e tecnologia da informação, e procura focar sua atuação tentando conscientizar a sociedade que a TI agrega todos os setores, e não apenas o pessoal que trabalha especificamente com isto. E a aquisição de produtos falsificados gera inúmeros prejuízos, não apenas atualmente, como também no futuro. “Na próxima década os programas de software inteligentes automatizarão a produção em diversos segmentos, e o que é melhor, sem poluir o meio ambiente. Por isso, é necessário mais rigor na fiscalização, para conseguirmos reduzir a venda de produtos piratas”, asseverou o presidente da entidade.
 
Segundo Pedro Ivo Frota, proprietário da Ibyte - que fabrica computadores e notebooks, em Fortaleza -, todos os equipamentos comercializados em suas lojas saem com softwares originais, especialmente Windows, ou com o livre, Linux. Entretanto, observa que algumas pessoas não se adaptam ao segundo, e acabam instalando um programa pirata, que um amigo lhe emprestou. “Posteriormente, esse equipamento acaba apresentando um problema e, quando chega à assistência técnica, observamos que houve a instalação irregular desse tipo de software ilegal, havendo prejuízo para o cliente, que fica com sua máquina parada. E como ela fica vulnerável à invasão de vírus, acaba tendo seus arquivos corrompidos. É o famoso ‘barato que sai caro’, uma vez que é necessário formatar o computador ou note, além de ter de adquirir um software original e instalá-lo”, afirmou.

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