Em resposta ao que considera "ingerência" do PT em assuntos internos e tentativa de acuar Eduardo Campos, partido avalia aprovar resolução pela saída do ministério de Dilma. OS pernambucanos, áulicos de Dudu estão enlouquecidos.
Débora Duque
Eduardo estaria incomodado com o "cerco" que Lula e Dilma estariam arquitetando
O governador Eduardo Campos (PSB) estuda reagir ao que considera ser um cerco do PT nacional ao seu projeto presidencial. As provocações públicas dirigidas pelo ex-ministro Ciro Gomes (PSB), seu adversário dentro do partido, somadas às visitas que o ex-presidente Lula (PT) e presidente Dilma Rousseff (PT) farão ao Ceará, Estado governado por Cid Gomes (PSB), irmão de Ciro, estão sendo encaradas como uma tentativa aberta de intimidação para que Eduardo declare, desde já, se é candidato ou não em 2014. Como resposta, não está descartada uma medida extrema por parte do PSB: a entrega imediata dos cargos que o partido possui nos ministérios.
Socialistas entendem que
Lula quer tirar Eduardo da “zona de conforto” e forçá-lo a tomar uma
posição antecipada, seja pelo apoio à reeleição de Dilma, seja pelo
lançamento de sua candidatura à Presidência. A movimentação silenciosa
dos petistas para tirar o ministro da Integração Nacional, Fernando
Bezerra Coelho (PSB), da legenda também é encarada como mais um elemento
dessa ofensiva contra o PSB.
Com o entendimento de que
a campanha eleitoral foi deflagrada, Eduardo está de olho nas próximas
movimentações do PT e pode induzir seu partido, do qual é presidente
nacional, a aprovar uma resolução favorável ao desembarque do governo
federal. Caso o ministro Fernando Bezerra Coelho e o secretário nacional
dos Portos, Leônidas Cristino, não sigam a possível orientação
partidária, ambos só permaneceriam nos cargos como cota pessoal da
presidente. Leônidas foi indicado pelo PSB do Ceará, comandado pelos
irmãos Gomes.
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