Renan: ‘debate presidencial deve ser congelado’
Josias de Souza
Bons tempos aqueles em que o faroeste era nos EUA! Agora é no Senado
brasileiro. Julgando-se alvejado pela má vontade do senador Aécio Neves
(PSDB) e do governador Eduardo Campos (PSB), Renan Calheiros (PMDB) fez
meia dúzia de disparos de advertência ao discursar na sessão inaugural
do ano legislativo.
“Ainda que alguns estejam ansiosos para precipitar 2014, é oportuno sublinhar que temos uma agenda de votações prementes para o Brasil” em 2013, disse. Renan inclui quase tudo em sua “agenda” –inclusive as reformas política e tributária. No Congresso é assim. Quando alguém não sabe o que dizer, anuncia uma proposta de reforma política. Quando tem dificuldade para se explicar, saca a reforma tributária. Se a falta de assunto chega junto com denúncias, saca as duas.
Renan tinha ao seu lado Joaquim Barbosa, presidente do STF –o tribunal em cujos escaninhos corre a denúncia da Procuradoria contra o Trinity do Senado. Sem dar nome aos alvos, Renan disse: “Não é hora de falar em eleição, mas sim em união.” Mais adiante: “A lógica do quanto pior melhor, tenho certeza, está sepultada. A união de todos pelo bem comum é um compromisso de todos os brasileiros.”
Levou o dedo ao gatilho uma vez mais: “A missão de todos nós é trabalhar muito para atenuar os efeitos da crise e deixar as miudezas para os pequenos. Estes são os novos tempos e eles não acolhem disputas intempestivas e intrigas dispersivas. Diante das incertezas recorrentes, considero prudente que o debate presidencial, tema absolutamente extemporâneo, seja congelado.”
Considerando-se que Aécio Neves e Eduardo Campos ainda não retiraram suas pretensões eleitorais do freezer e que as reformas de Renan são disparos de festim, a plateia encarece: me chamem quando começar a quebradeira das mesas do saloon.
“Ainda que alguns estejam ansiosos para precipitar 2014, é oportuno sublinhar que temos uma agenda de votações prementes para o Brasil” em 2013, disse. Renan inclui quase tudo em sua “agenda” –inclusive as reformas política e tributária. No Congresso é assim. Quando alguém não sabe o que dizer, anuncia uma proposta de reforma política. Quando tem dificuldade para se explicar, saca a reforma tributária. Se a falta de assunto chega junto com denúncias, saca as duas.
Renan tinha ao seu lado Joaquim Barbosa, presidente do STF –o tribunal em cujos escaninhos corre a denúncia da Procuradoria contra o Trinity do Senado. Sem dar nome aos alvos, Renan disse: “Não é hora de falar em eleição, mas sim em união.” Mais adiante: “A lógica do quanto pior melhor, tenho certeza, está sepultada. A união de todos pelo bem comum é um compromisso de todos os brasileiros.”
Levou o dedo ao gatilho uma vez mais: “A missão de todos nós é trabalhar muito para atenuar os efeitos da crise e deixar as miudezas para os pequenos. Estes são os novos tempos e eles não acolhem disputas intempestivas e intrigas dispersivas. Diante das incertezas recorrentes, considero prudente que o debate presidencial, tema absolutamente extemporâneo, seja congelado.”
Considerando-se que Aécio Neves e Eduardo Campos ainda não retiraram suas pretensões eleitorais do freezer e que as reformas de Renan são disparos de festim, a plateia encarece: me chamem quando começar a quebradeira das mesas do saloon.
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