A ditadura voltou - Tão falando falando besteira - Quem manda é a Justiça

Manifestações motivam debates na Assembleia
Ontem, foram várias os pronunciamentos dos parlamentares sobre a obra e os embates no Parque do Cocó
os confrontos entre manifestantes contrários ao projeto do viaduto nas proximidades do Parque do Cocó e Guarda Municipal ecoaram, ontem, durante os pronunciamentos dos deputados na Assembleia Legislativa. Enquanto opositores do Governo criticaram a ação do Batalhão Especial da Guarda Municipal, a base aliada informou que a população de Fortaleza quer sim a construção do equipamento para desafogar o trânsito na cidade.

O vice-líder do Governo, Júlio Cesar Filho, afirmou ser favorável à construção dos viadutos, porque, segundo ele, a obra desafogará o trânsito 
Foto: ALEX COSTA

Apesar das críticas ao que ocorreu durante a última quinta-feira, todos os parlamentares foram unânimes em concordar que se faz necessário a realização da intervenção para melhorar a mobilidade urbana da Capital cearense. O deputado Fernando Hugo (PSDB) chegou a convidar a população para uma manifestação "ordeira" em prol do viaduto, no dia 17 de agosto. O tucano também pediu para que o juiz Roberto Machado reveja a decisão que suspendeu a construção do viaduto. (Aí se cortou- O home mandou a Polícia Federal botar a Guarda Municipal pra correr)

"Eu falo em nome de todos aqueles que transitam por aquela região. É extremamente preocupante e estressante, porque aquela multidão de quase 200 mil veículos que transitam ali diariamente jogam toneladas de gás carbônico, maltratando a paz do meio ambiente", disse o parlamentar.

Para ele é um "absurdo" o movimento dos manifestantes que não quiseram conversar com o prefeito Roberto Cláudio a respeito da obra, visto que o convite foi feito, mas recusado. "O que está a se fazer ali é um bem público que quando construído dará incontáveis benefícios para o trânsito de nossa cidade".

O vice-líder do Governo, Júlio Cesar Filho (PTN), disse ser totalmente favorável às obras do viaduto, pois de acordo com ele, é um desejo da maioria da população fortalezense que sofre com os problemas de trânsitos todos os dias naquela região. "O que nós vimos foi a intransigência das pessoas que estavam lá. Talvez o protesto de apoio de construção do viaduto não dê muitas pessoas, porque o povo tem o que fazer", afirmou ele.

Interesses
Outros deputados também chegaram a defender que a construção do viaduto naquela região é o melhor a ser feito no momento, como disse João Jaime (PSDB). Roberto Mesquita (PV) ressaltou que o projeto ultrapassa os interesses da atual gestão e que por isso tal obra é necessária para a população fortalezense devido ao problema de mobilidade urbana existente. "Essa discussão vem sendo feita desde a época do ex-prefeito Juraci Magalhães", lembrou ele.

Heitor Férrer (PDT) disse ter lido a decisão do juiz da 6ª Vara Federal, Roberto Machado e relatou que o "nó" da obra é porque o projeto inicial previa a obra sem derrubamento de árvores e sem viadutos. "O que o senhor Roberto Machado quer é que essa importante obra tenha um relatório de impacto ambiental novo. Esse licenciamento de corte de árvores não existe. Se fizer uma enquete a cidade mais quer do que rejeita o viaduto, é claro", salientou o pedetista.

A deputada Eliane Novais ressaltou que um dos questionamentos feito é que o projeto não está em consonância com um plano nacional de mobilidade urbana. "O que queremos é que haja esse alinhamento ao desejo da mobilidade urbana. Nós não estamos discutindo se quer ou não o viaduto, mas o formato como vem sendo feito", disse.

Contestando as falas de Heitor Férrer, o líder do Governo, José Sarto (PSB), afirmou que o projeto original adentrava até mais que o dobro do que está sendo feito pela Prefeitura, Ele ressaltou ainda que não viu qualquer crítica feita por manifestantes quando das construções de condomínios nas áreas do Parque do Cocó.

Já Antônio Carlos (PT), salientou que a situação da quinta-feira colocou o prefeito Roberto Cláudio em uma situação difícil por conta da agressividade da Guarda Municipal com os manifestantes. Augustinho Moreira (PV), em contrapartida, disse que a Guarda Municipal na administração de Luizianne Lins "mandou baixar o pau" em estudantes quando das discussões sobre as carteirinhas de estudante, o que foi negado por Antônio Carlos. "Eu sou do Partido Verde e se aquilo não fosse trazer benefícios para a sociedade eu estaria lá", afirmou Augustinho.

Questionado pelo deputado Júlio César se é favorável ou contrário à intervenção, Antônio Carlos disse ser a favor, mas contrário apenas ao modo como está se dando.

Um comentário:

  1. É por isso que eu acredito que nessas obras o maior interesse é pelo desvio de dinheiro público. É só ver quem são os defensores, políticos conhecidos das páginas policiais.

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