Polícia inicia confronto no centro do Rio e tumultua manifestação
FABIO BRISOLLA
DO RIO
Bombas de efeito moral, lançadas pela Polícia Militar pouco antes das
22h desta quinta-feira (8), transformaram em tumulto a manifestação
organizada em frente à Câmara Municipal, na praça da Cinelândia, no
centro do Rio.
DO RIO
O objetivo da PM foi liberar o acesso lateral, que estava bloqueado pelos participantes do protesto. Quando a ação começou, as pessoas correram desorientadas, em razão do estrondo da bomba que ainda libera gás lacrimogêneo.
Exatamente na rota do acesso lateral à Câmara fica um dos bares mais tradicionais da cidade, o Amarelinho. Para escapar da ofensiva policial, as pessoas jogaram mesas e cadeiras para abrir passagem.
Silvia Izquierdo/Associated Press | ||
Manifestantes fazem ato contra o governador do Rio, Sérgio Cabral, no centro da capital fluminense |
Dentro da Câmara, um grupo de quinze pessoas permanece no plenário desde o início da tarde, período em que o acesso é liberado ao público que deseja assistir às sessões.
ACESSO DE ADVOGADOS
Quando os manifestantes anunciaram a intenção de permanecer no local, pouco antes das 18h, a direção da casa decidiu esvaziar o prédio.
O responsável pela segurança da Câmara, o coronel Marcos Paes, proibiu o acesso de um advogado da comissão de Direitos Humanos da Alerj e também de um representante da Ordem dos Advogados do Brasil.
Apenas um advogado, contratado por uma organização não governamental envolvida na manifestação, foi autorizado a entrar.
A entrada da imprensa também foi proibida. De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara Municipal, o coronel Marcos Paes avaliou que os jornalistas não deveriam entrar para acompanhar as negociações com os manifestantes.
Fabio Brisolla/Folhapress | ||
Restaurante Amarelinho 'revirado' após a correria, no centro do Rio. |
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