Ataque e contra-ataque na Câmara de Fortaleza


Oposição visita os postos de saúde

O que a comissão de Saúde da Câmara deixou de fazer a oposição fez: relato sobre a atenção básica na periferia
A oposição elaborou um relatório sobre a situação dos postos de saúde de Fortaleza, após uma visita a sete unidades. Conforme o vereador Acrísio Sena (PT), os postos não estão funcionando das 7 às 19 horas, como prometeu a Prefeitura, nem contam com equipe completa de profissionais, outra promessa da atual gestão. A vice-líder do prefeito na Câmara Municipal, vereadora Cláudia Gomes (PSC), defendeu que a Prefeitura está reformando e ampliando os postos para dar melhor condição de atendimento à população.

A vice-líder do prefeito na Câmara, vereadora Cláudia Gomes, defendeu que a Prefeitura está reformando e ampliando os postos de saúde Foto: ALCIDES FREIRE
Segundo Acrísio Sena, as visitas foram feitas na segunda quinzena do mês de julho, período de recesso parlamentar, pelos quatro vereadores do PT e o vereador Capitão Wagner (PT), ou seja, o bloco de oposição da Casa. Foram visitados, segundo ele, cinco postos da Regional VI e dois da Regional V. O relatório produzido, conforme o parlamentar, foi entregue ao presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, vereador Adelmo Martins (PR) e ao líder do prefeito na Casa, vereador Evaldo Lima (PCdoB).

Intervalo

Acrísio Sena fez questão de destacar que a iniciativa da atual gestão de acabar com o terceiro turno nos postos de saúde, implantado na gestão da ex-prefeita Luizianne Lins, era com o compromisso de que essas unidades funcionariam 12 horas, sem intervalo, mas alega que isso não vem acontecendo. Ele admite que o terceiro turno funcionava de forma precária na administração passada, mas considera que era melhor dessa forma do que simplesmente acabar com o turno da noite.

O vereador lembra que em maio, o líder do prefeito, Evaldo Lima, informou que todas as unidades básicas de Fortaleza funcionariam com médicos, enfermeiros e medicamentos, das 7 às 19 horas, inicialmente nas Regionais V e VI, a partir de junho, e no mês seguinte o horário se estenderia para as demais Regionais. Ele assegura que nos sete postos visitados isso não vem ocorrendo e em nenhuma a equipe estava completa. "Diante dessa realidade os problemas dos postos de saúde se intensificam e ficam mais complexos", atesta.

Acrísio Sena pondera que não é de uma hora para a outra que a atual gestão resolverá todos os problema da saúde na Capital, como havia prometido o prefeito Roberto Cláudio, pois esse, garante, é um problema complexo. "Quem viveu oito anos de Governo sabe, entende que o problema dos postos não é um problema isolado.

Jornada
Adelmo Martins disse ser necessário cobrar dos profissionais de saúde que eles cumpram sua jornada de trabalho nas unidades do setor primário. Nos hospitais municipais, destaca, existe o ponto eletrônico, entendendo que esse mecanismo pode ser levado para os postos de saúde para que o horários sejam, então, obedecidos.

Cláudia Gomes, vice-líder do prefeito, fez questão de afirmar que a Prefeitura pretende reformar 52 postos de saúde. Ela alega que algumas dessas unidades não tinham a menor condição de atender a população, pois tinham postos sem água e luz e com a estrutura física bastante danificada. A ideia do prefeito, diz, é disponibilizar uma estrutura física adequada para receber os pacientes, com prontuário eletrônico, salas bem iluminada, atendimento humanizado e medicamentos à disposição.

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