Audálio Dantas indicado para o Troféu Juca Pato


Glória de todos nós
Repórter sempre, escritor no auge da criatividade, ativista político engajado, o cidadão Audálio Dantas acaba de ser anunciado como candidato único ao Troféu Juca Pato, láurea cinquentenária que corresponde ao Prêmio Intelectual do Ano, conferida pela União Brasileira de Escritores (UBE). Indicado por 50 escritores, Audálio está virtualmente eleito, mas seu nome precisará ser submetido à votação nacional que a UBE fará entre 15 de agosto e 15 de setembro. A entrega do Juca Pato 2013 será na cerimônia de abertura do Congresso Internacional de Escritores, em novembro, no Memorial da América Latina.
Apesar de toda tietagem nas viagens Brasil afora para lançar seus livros, palestrar e participar de eventos como presidente da Comissão da Verdade, Memória e Justiça dos Jornalistas Brasileiros, o alagoano de Tanque D'Arca diz que ficou surpreso e ao mesmo tempo envaidecido pela indicação. "Sem falsa modéstia, devo dizer que não me julgo merecedor dessa distinção. Afinal, trata-se de uma honraria já atribuída a alguns dos mais importantes intelectuais brasileiros, um prêmio de alto prestígio cultural."
O Prêmio Intelectual do Ano é concedido a personalidade, escritor ou não, que tenha produzido obra relevante no ano anterior. Os últimos agraciados foram Tatiana Belinky, Aziz Ab'Saber, Lygia Fagundes Telles e Antônio Candido. No ano passado, Audálio lançou "As Duas Guerras de Vlado Herzog (Civilização Brasileira). "Esse livro reconstitui um episódio emblemático da luta de resistência contra a ditadura militar, é um pedaço da história recente do País e um pedaço de mim mesmo", grifa o autor, com indisfarçável emoção." 
 
Jornalista nas principais redações do país, entre elas as extintas revistas Cruzeiro e Realidade, Audálio Dantas é autor de mais 11 livros, entre os quais Tempo de Reportagem, O circo do desespero, O Menino Lula e O Chão de Graciliano, obra que lhe rendeu o Prêmio APCA de 2007. No início dos anos 1960 ganhou notoriedade com a reportagem sobre a favelada paulistana Carolina Maria de Jesus, a quem ajudou a compilar o livro Quarto de Despejo, que foi traduzido para 13 idiomas e vendeu mais de um milhão de exemplares. Depois, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo esteve na vanguarda das lutas contra a ditadura militar. Presidiu a Federação Nacional da categoria e a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Também foi vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e deputado federal eleito por São Paulo.
Imprensa UBE - Daniel Pereira

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