Ministro Antonio Patriota cai após fuga de senador boliviano para o Brasil
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Pedro Ladeira/AFPA presidente brasileira, Dilma Rousseff, ri ao lado do ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, durante o recebimento das credenciais de 16 embaixadores e embaixadoras estrangeiros que representarão seus países no Brasil, em cerimônia no Palácio Itamaraty, em Brasília
Segundo o Itamaraty, o novo ministro está em trânsito, de Nova York (EUA) a Brasília, onde desembarca amanhã (27). A pasta não tem informações sobre a data da cerimônia de posse de Figueiredo.
A demissão de Patriota foi motivada pela operação que trouxe o senador boliviano Roger Pinto Molina ao Brasil, conduzida pelo titular interino da diplomacia brasileira em La Paz, Eduardo Saboia, sem consulta ao Itamaraty, segundo declarou o próprio diplomata.
O episódio foi o estopim de uma relação já desgastada entre Patriota e a presidente Dilma Rousseff. Molina é opositor do presidente boliviano, Evo Morales, e estava asilado na Embaixada do Brasil em La Paz havia mais de um ano. Neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores informou que não tinha conhecimentos da chegada do senador boliviano ao Brasil, apesar de a operação ter sido capitaneada por um diplomata brasileiro, Eduardo Saboia, encarregado de negócios em La Paz. Ao final da noite desta segunda, Saboia foi afastado do cargo.
Patriota era um dos poucos ministros de Dilma que estavam no governo desde o início do mandato da presidente, em janeiro de 2011. Após o encontro com a presidente, Patriota reuniu diplomatas, assessores e funcionários do Itamaraty para anunciar a sua saída.
Senador é acusado de corrupção
Pinto, acusado de diversos crimes de corrupção na Bolívia, refugiou-se na embaixada brasileira em La Paz em 28 de maio de 2012. Após dez dias de ser recebido na embaixada, o governo brasileiro concedeu ao senador o status de asilado político.Em junho, o político foi condenado a um ano de prisão por um tribunal boliviano, que o declarou culpado de danos econômicos ao Estado calculados em cerca de US$ 1,7 milhão.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse dias depois que o governo da presidente Dilma Rousseff "garantia" a segurança do senador boliviano.
O chanceler também explicou que o governo prosseguia com negociações "confidenciais" com as autoridades bolivianas para tentar solucionar a situação.
Asilo a senador boliviano gera crise diplomática
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28.mai.2012 - Durante encontro com embaixador, o
senador boliviano Roger Pinto, da oposição ao presidente Evo Morales,
pede asilo político ao Brasil
8.jun.2012 - O governo brasileiro concede asilo e é criticado por Evo Morales dias depois
19.jul.2012 - Governo boliviano sobe o tom e acusa o embaixador brasileiro de fazer "pressão"
2.mar.2013 - Um acordo bilateral decide criar uma comissão para analisar o caso de Roger Pinto
17.mai.2013 - O advogado do senador pede que o Supremo Tribunal Federal pressione o Itamaraty
23.ago.2013 - Por volta das 15h, saem da embaixada brasileira em La Paz Roger Pinto, o diplomata brasileiro Eduardo Saboia e dois fuzileiros navais, em dois carros diplomáticos oficiais. Eles percorrem mais de 1.500 km por terra em uma viagem de mais de 22 horas
24.ago.2013 - Na tarde deste sábado, os carros chegam a Corumbá, no Mato Grosso do Sul e, à noite, pegam um jatinho de um empresário amigo do senador brasileiro Ricardo Ferraço (PMDB-ES) rumo a Brasília
25.ago.2013 - Roger Pinto, Ferraço e Saboia chegam a Brasília
O embaixador Figueiredo Machado trabalhou em Nova York (ONU, 1986-1989), Santiago (1989-1992), Washington (1996-1999), Ottawa (1999-2002) e Paris (Unesco, 2003-2005).
Ele participou como delegado ou chefe de delegação em várias reuniões multilaterais desde 1981 nas áreas de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, desarmamento e segurança internacional, leis dos mares, Antártida, espaço estrangeiro, saúde e trabalho. Ele chefiou a equipe brasileira de negociações por muitos anos nas reuniões internacionais e conferências sobre assuntos relacionados ao meio ambiente, especialmente aquelas sobre mudanças do clima e biodiversidade.
Ele é graduado em direito pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. (Com agências internacionais)
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No
dia 26 de agosto de 2013, Antonio Patriota pediu demissão do cargo de
ministro das Relações Exteriores. A presidente Dilma Rousseff aceitou o
pedido. A demissão de Patriota foi motivada pela operação que trouxe o
senador boliviano Roger Pinto Molina ao Brasil, conduzida pelo titular
interino da diplomacia brasileira em La Paz, Eduardo Sabóia, sem
consulta ao Itamaraty, segundo declarou o próprio diplomata 31.jul.2013 - Valter Campanato/Agência Brasil
A presidenta Dilma Rousseff aceitou hoje, 26, o pedido de demissão do ministro Antonio de Aguiar Patriota e indicou o representante do Brasil junto às Nações Unidas, em Nova York, embaixador Luiz Alberto Figueiredo, para ser o novo ministro das Relações Exteriores.
A presidenta agradeceu a dedicação e o empenho do ministro Patriota nos mais de dois anos que permaneceu no cargo e anunciou a sua indicação para a missão do Brasil na ONU.
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Com a demissão de Antônio Patriota, nesta segunda-feira (26.ago), quem assumirá o Ministério das Relações Exteriores será o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, representante do Brasil na ONU (Nações Unidas). Patriota deixou cargo após o diplomata brasileiro Eduardo Saboia patrocinar a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina de seu país
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