Confirmação de 6% no Mais Médicos não é surpresa para FENAM

938 profissionais confirmaram participação no Mais Médicos, o que equivale a 6% da demanda dos municípios, não foi surpresa para a Federação Nacional dos Médicos (FENAM). O presidente da entidade, Geraldo Ferreira, declarou após apresentação dos dados pelo Ministério da Saúde, que já imaginava o resultado do Programa pela falta de direitos trabalhistas e condições de exercer a medicina. Para ele, num primeiro momento a proposta até agradaria o volume de médicos subempregados, mas depois as falhas iriam sobressair.
"Nós comprovamos o que citamos desde o início. Houve grande procura de médicos que vivem de bico, mas eles no final não trocariam um bico por outro e sairiam de onde estão para um lugar sem segurança alguma".
16.530 profissionais com diploma brasileiro ou revalidado preliminarmente se inscreveram e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha anunciou ontem (06) que o prazo para homologação e escolha de municípios será prorrogada até esta quinta-feira (8) à meia-noite. Ferreira ainda afirma que "até mesmo os que forem até o fim das inscrições correm grande risco de desistirem quando forem ver os seus locais de trabalho". Outro ponto destacado que causou a baixa adesão, foi devido à devolução do pagamento das bolsas recebido, caso o profissional não cumpra os três anos estabelecidos pelo Mais Médicos.
A FENAM defende a realização de concurso público com carreira de estado para assegurar as causas trabalhistas e a fixação do profissional com possibilidade de ascensão nos municípios. Outra bandeira de luta da entidade que está relacionada a levar médicos para o interior, é o maior financiamento da saúde, propiciando exercer uma medicina de qualidade para atender com dignidade a população brasileira.

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