Dilma veta projeto de autoria de ministra petista
O
governo às vezes parece um espetáculo de teatro muito badalado para o
qual o público não foi devidamente ensaiado. Repare na penúltima cena
protagonizada por Dilma Rousseff. Ela vetou projeto de lei que anistiava
5,6 mil servidores demitidos dos Correios por participar de greves.
Alegou que o Congresso se absteve de combinar sua generosidade com a
calculadora.
Pelas contas de Dilma, a brincadeira custaria “mais de R$ 1 bilhão”. Além de ameaçar o equilíbrio financeiro dos Correios, afrontaria a Lei de Responsabilidade Fiscal, sustentou a presidente. A cena seria corriqueira –o Planalto protegendo as arcas do Tesouro contra mais um ataque do Legislativo— não fosse por um detalhe: a autora do projeto chama-se Maria do Rosário.
Deputada federal do PT gaúcho, Maria do Rosário responde no momento pelo posto de ministra ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Na Câmara, seu projeto foi relatado por Carlos Santana, também petista. Passou com os votos da maioria do PT. No Senado, a peça foi aprovada em 10 de julho, sob aplausos das galerias, apinhadas de demitidos dos Correios.
Vice-líder do PT, o senador Humberto Costa discursou contra a proposta. Cobrou coerência da oposição, habituada a exigir rigor fiscal do governo. Líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira fez troça: “Vá varrer primeiro diante da sua própria porta”, disse o tucano ao petista, realçando que, além da origem companheira, o projeto tóxico obteve a adesão de legendas como PMDB, PSB, PDT, PP, PCdoB –todas governistas.
Abandonada por sua infantaria, não restou a Dilma senão o veto. A companheira Maria do Rosário ainda não se deu conta. Mas a presidente já aprendeu: na administração pública, como em qualquer outro palco, não há espetáculo sem bilheteria. Tolas, loucas, travestidas, as ideias dançam e rebolam. Mas continuam, como de hábito, a reboque de um orçamento.
Pelas contas de Dilma, a brincadeira custaria “mais de R$ 1 bilhão”. Além de ameaçar o equilíbrio financeiro dos Correios, afrontaria a Lei de Responsabilidade Fiscal, sustentou a presidente. A cena seria corriqueira –o Planalto protegendo as arcas do Tesouro contra mais um ataque do Legislativo— não fosse por um detalhe: a autora do projeto chama-se Maria do Rosário.
Deputada federal do PT gaúcho, Maria do Rosário responde no momento pelo posto de ministra ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Na Câmara, seu projeto foi relatado por Carlos Santana, também petista. Passou com os votos da maioria do PT. No Senado, a peça foi aprovada em 10 de julho, sob aplausos das galerias, apinhadas de demitidos dos Correios.
Vice-líder do PT, o senador Humberto Costa discursou contra a proposta. Cobrou coerência da oposição, habituada a exigir rigor fiscal do governo. Líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira fez troça: “Vá varrer primeiro diante da sua própria porta”, disse o tucano ao petista, realçando que, além da origem companheira, o projeto tóxico obteve a adesão de legendas como PMDB, PSB, PDT, PP, PCdoB –todas governistas.
Abandonada por sua infantaria, não restou a Dilma senão o veto. A companheira Maria do Rosário ainda não se deu conta. Mas a presidente já aprendeu: na administração pública, como em qualquer outro palco, não há espetáculo sem bilheteria. Tolas, loucas, travestidas, as ideias dançam e rebolam. Mas continuam, como de hábito, a reboque de um orçamento.
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