O governador do Estado, Cid Gomes esteve presente, na noite da
segunda-feira, 5, até a madrugada da terça-feira, 6, na ocupação feita
por manifestantes no Parque do Cocó. Ele chegou por volta das 22h10min,
acompanhado por quatro seguranças. No local, Cid ficou sentado com
manifestantes e ouviu reivindicações do grupo. Cid foi embora sob gritos
de “assassino do Cocó” e “Cid ditador”.
Para encerrar a presença no acampamento do Parque do Cocó, o governador Cid Gomes fez uma proposta aos participantes do debate. Cid discursou sobre a vitória do movimento. “Para que não pareça que não tiveram vitória (…) eu atribuo a legalização a uma deliberação junto com vocês”, sugeriu o governador. Imediatamente, os manifestantes responderam negativamente ao início da proposta. “A proposta derradeira é: o movimento pode conquistar a legalização do parque e a área daqui, área de árvores exóticas, fica trocada. Eu me comprometo a trocar essa área por 20 vezes o tamanho dela em recuperação de mangues no Rio Cocó”, propôs Cid Gomes.
Os manifestantes se mantiveram contra a proposta. Cid Gomes não se manifestou sobre uma possível repressão policial às pessoas acampadas no Cocó. O governador prometeu voltar para retomar o diálogo com o grupo acampando.
Fala do governador
O governador Cid Gomes iniciou a fala destacando a própria visita ao acampamento: “Estão superestimando minha presença aqui hoje”, afirmou. “Eu vinha passando e vi uma placa com ‘Legalização do Parque do Cocó’”, disse.
Bate boca
O clima entre o governador do Estado, Cid Gomes, (PSB) e o vereador João Alfredo (PSOL) tensionou, após o governador afirmar que se “dependesse do João Fortaleza estaria sem água”. O vereador, por sua vez, se levantou e afirmou que era “mentira de Cid”.
“O João Alfredo fala de ironia. Ele é engraçado. Eu disse sobre si que se dependesse dos projetos de João Alfredo Fortaleza inteira estava sem beber água”, retrucou Cid. João Alfredo se alterou, mandou o governador “engolir” o que disse e apontou o dedo para ele.
Viadutos
“Não posso falar pelo viaduto. O viaduto é uma obra da prefeitura de Fortaleza. Para quem não sabe, é uma obra que é parte de um conjunto de obras que vem da época de Juraci Magalhães. (…) Luizianne mudou o nome, mas não mudou o projeto. O que estava proposto era uma rota enorme que pegava três vezes mais a área que pegava aqui”, disse Cid, destacando a experiência relacionada às obras dos túneis na cidade.
Em um banco improvisado, ele recebe críticas sobre acusações que os presentes na ocupação eram maconheiros e desocupados, feitas por pessoas ligados ao governo. “Será que não tem uma alternativa inteligente (ao viaduto)? Vamos fazer um negócio decente por essa cidade?”, propõe ao governador Cid um senhor presente na discussão.
Representantes políticos
Além do governador, o vereador João Alfredo (PSOL), a vereadora Toinha Rocha (PSOL), a deputada Eliane Novais (PSB) e a ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luíza Fontenele, também estão presentes.
A vereadora Toinha Rocha cobrou de Cid uma postura diferenciada. “Você tem a oportunidade de entrar para história como o governador que legalizou o Parque do Cocó. Você tem a oportunidade de mudar essa história”, disse Toinha.
João Alfredo decidiu falar ao megafone e iniciou um rápido bate-boca com Cid Gomes. O vereador fez três reivindicações: pediu que Cid ligasse para o prefeito para garantir que não haverá repressão policial ao movimento, que não houvesse necessidade de trocas e pediu um debate sério, com técnicos da prefeitura, do Ministério Público, dentre outros órgãos, presentes.
Derrubada de árvores
Outro ponto abordado pelo grupo foi em relação às árvores retiradas para a construção de dois viadutos no local. Eles cobraram um compromisso de Cid em dialogar sobre o assunto. Já foram subtraídas 79 árvores da área. Para a construção dos viadutos, mais 15 deverão ser derrubadas, segundo o projeto da Prefeitura de Fortaleza
Cid Gomes chegou a apresentar uma foto, afirmando que o local era uma salina e, não um mangue. O vereador João Alfredo (Psol) rebateu a informação, dizendo que a salina antecipa o processo de desenvolvimento do manguezal.
Durante a fala de algumas pessoas, Cid recebeu elogios pela atitude de ir até o local. A todo o momento, eles pedem que o governo abra diálogo.
Um dos manifestantes cobrou ao governador que seja feito o plebiscito para a obra o Acquario Ceará e defendeu o diálogo. “Vamos fazer diálogo até o fim. Não vai haver repressão”, disse.
(O POVO Online)
Para encerrar a presença no acampamento do Parque do Cocó, o governador Cid Gomes fez uma proposta aos participantes do debate. Cid discursou sobre a vitória do movimento. “Para que não pareça que não tiveram vitória (…) eu atribuo a legalização a uma deliberação junto com vocês”, sugeriu o governador. Imediatamente, os manifestantes responderam negativamente ao início da proposta. “A proposta derradeira é: o movimento pode conquistar a legalização do parque e a área daqui, área de árvores exóticas, fica trocada. Eu me comprometo a trocar essa área por 20 vezes o tamanho dela em recuperação de mangues no Rio Cocó”, propôs Cid Gomes.
Os manifestantes se mantiveram contra a proposta. Cid Gomes não se manifestou sobre uma possível repressão policial às pessoas acampadas no Cocó. O governador prometeu voltar para retomar o diálogo com o grupo acampando.
Fala do governador
O governador Cid Gomes iniciou a fala destacando a própria visita ao acampamento: “Estão superestimando minha presença aqui hoje”, afirmou. “Eu vinha passando e vi uma placa com ‘Legalização do Parque do Cocó’”, disse.
Bate boca
O clima entre o governador do Estado, Cid Gomes, (PSB) e o vereador João Alfredo (PSOL) tensionou, após o governador afirmar que se “dependesse do João Fortaleza estaria sem água”. O vereador, por sua vez, se levantou e afirmou que era “mentira de Cid”.
“O João Alfredo fala de ironia. Ele é engraçado. Eu disse sobre si que se dependesse dos projetos de João Alfredo Fortaleza inteira estava sem beber água”, retrucou Cid. João Alfredo se alterou, mandou o governador “engolir” o que disse e apontou o dedo para ele.
Viadutos
“Não posso falar pelo viaduto. O viaduto é uma obra da prefeitura de Fortaleza. Para quem não sabe, é uma obra que é parte de um conjunto de obras que vem da época de Juraci Magalhães. (…) Luizianne mudou o nome, mas não mudou o projeto. O que estava proposto era uma rota enorme que pegava três vezes mais a área que pegava aqui”, disse Cid, destacando a experiência relacionada às obras dos túneis na cidade.
Em um banco improvisado, ele recebe críticas sobre acusações que os presentes na ocupação eram maconheiros e desocupados, feitas por pessoas ligados ao governo. “Será que não tem uma alternativa inteligente (ao viaduto)? Vamos fazer um negócio decente por essa cidade?”, propõe ao governador Cid um senhor presente na discussão.
Representantes políticos
Além do governador, o vereador João Alfredo (PSOL), a vereadora Toinha Rocha (PSOL), a deputada Eliane Novais (PSB) e a ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luíza Fontenele, também estão presentes.
A vereadora Toinha Rocha cobrou de Cid uma postura diferenciada. “Você tem a oportunidade de entrar para história como o governador que legalizou o Parque do Cocó. Você tem a oportunidade de mudar essa história”, disse Toinha.
João Alfredo decidiu falar ao megafone e iniciou um rápido bate-boca com Cid Gomes. O vereador fez três reivindicações: pediu que Cid ligasse para o prefeito para garantir que não haverá repressão policial ao movimento, que não houvesse necessidade de trocas e pediu um debate sério, com técnicos da prefeitura, do Ministério Público, dentre outros órgãos, presentes.
Derrubada de árvores
Outro ponto abordado pelo grupo foi em relação às árvores retiradas para a construção de dois viadutos no local. Eles cobraram um compromisso de Cid em dialogar sobre o assunto. Já foram subtraídas 79 árvores da área. Para a construção dos viadutos, mais 15 deverão ser derrubadas, segundo o projeto da Prefeitura de Fortaleza
Cid Gomes chegou a apresentar uma foto, afirmando que o local era uma salina e, não um mangue. O vereador João Alfredo (Psol) rebateu a informação, dizendo que a salina antecipa o processo de desenvolvimento do manguezal.
Durante a fala de algumas pessoas, Cid recebeu elogios pela atitude de ir até o local. A todo o momento, eles pedem que o governo abra diálogo.
Um dos manifestantes cobrou ao governador que seja feito o plebiscito para a obra o Acquario Ceará e defendeu o diálogo. “Vamos fazer diálogo até o fim. Não vai haver repressão”, disse.
(O POVO Online)
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