Em revide, o governador afirmou ter certeza de que a discussão é “demagogia”. “Se querem demagogia, vou mandar retirar todas as coisas exóticas. Tudo que for com nome em francês, inglês e russo, vai sair. Vai ficar só coisa com nome em português”, completando que, se havia caviar, no buffet, ele nunca havia comido, pois, segundo ele, ”nem gosto de caviar”.
Disse, ainda, que os gastos não acontecem somente no Ceará. E desafiou para que sejam apuradas as licitações Brasil afora, pois, conforme ele, é “muito esquisito” dizer que só corre no Governo do Ceará. “Vamos analisar em todos os estados brasileiros, o que é gasto com serviço de fornecimento. É isso na prática que acontece”.
Ele rebateu também Heitor Férrer, negando que queria apequenar sua atuação do Parlamento. “Fui deputado com muito orgulho. Digo apenas que ele tem projetos outros, já demonstrou, foi candidato. Agora, esse tipo de postura que é demagógica, de tentar transformar a exceção na regra, você está enganando as pessoas. Pega o valor e divide como se todo dia fosse feito a alimentação, o que não é”, disse o governador, ressaltando que “ninguém pode ser parlamentar com demagogia”.
“IREI PAGAR”
Heitor Férrer, por sua vez, afirmou que encaminhará ofício solicitando o valor do prato servido, no Palácio Abolição, quando esteve a convite do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Albuquerque (PSB), que, na ocasião, assumia o Governo do Estado na ausência do governador Cid Gomes em viagem oficial à Europa. “Se eu soubesse que o preço era tão caro, teria vomitado imediatamente”, disse ao se pronunciar na tribuna da Casa Legislativa, comunicando: “vou fazer um ofício solicitando o valor daquele prato que comi; que eu pague o preço devido por aquele prato porque está me fazendo mal”.
REPERCUSSÃO
Pedro Fiúza, ex-presidente do PSDB Fortaleza, observou que o PSDB está analisando as denúncias que o deputado Heitor Férrer (PDT) tem feito contra o governo Cid Gomes. De acordo com ele, as denúncias têm fundamento, tendo em vista que se referem a gastos excessivos e sem justificativa. Reconhece que alguma coisa está sendo feita, mas sem muito proveito.
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