A
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Orçamento Impositivo — que
obriga o governo a pagar automaticamente todas as emendas parlamentares
previstas no ano —será mais votada esta terça-feira, segundo
informações da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Se aprovado, o
Orçamento impositivo poderá garantir a cada um dos deputados R$ 10
milhões para obras em seus redutos no ano eleitoral de 2014; o governo é
contra a medida.
A
matéria foi aprovada na semana passada pela comissão especial. Ela
precisa ser aprovada em dois turnos de votação no plenário da Casa, para
então ser enviada ao Senado.
Existe
a tendência de que os deputados aprovem a obrigação de o Poder
Executivo liberar recursos para as emendas apresentadas ao Orçamento. O
governo, entretanto, não quer abrir mão de autorizar ou não essas
liberações.
A
liderança do governo ainda tentará negociar algum tipo de mudança no
texto do relator, deputado Edio Lopes (PMDB-RR), já que o Parlamento
poderá incluir no anexo de metas prioritárias ações novas para as quais
poderão ser direcionados recursos com obrigatoriedade de execução. O PT
tentou mudar, na comissão especial sobre a PEC, o montante de 1% para
0,5% da receita, mas não obteve sucesso.
Uma
das novidades do texto aprovado pela comissão, em relação à versão
anterior da PEC, é a inclusão das emendas no contingenciamento caso as
reestimativas de receita e de despesa resultem no não cumprimento da
meta de superavit fiscal estipulada na Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO).
A
liberação de emendas já esteve diversas vezes no meio de disputas entre
parlamentares e governo - que atualmente pode contigenciá-las e muitas
vezes acaba usando sua liberação como importante argumento nas
negociações de matérias a serem votadas. Os parlamentares, por sua vez,
seguram a votação de projetos de interesse do governo quando há demora
na liberação.
Royalties
Ainda
esta semana, os deputados poderão tentar concluir a votação do Projeto
de Lei 323/07, que destina os royalties do petróleo para os setores de
educação e saúde. O Plenário precisa votar os destaques apresentados ao
texto. Entretanto, para que o projeto possa ser analisado, o governo
precisa retirar o pedido de urgência constitucional de três projetos de
lei.
Dos
quatro destaques pendentes, três deles, do PMDB, retomam o texto
aprovado no Senado, que direciona às áreas de educação e saúde 50% dos
rendimentos do Fundo Social, criado pela Lei 12.351/10. Já o texto da
Câmara, que prevalece até o momento, permite o uso de 50% dos recursos
do fundo, e não apenas dos rendimentos. (com informações da Agência
Câmara)
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