Juazeiro do Norte - CE MP realizou audiência pública sobre os buracos esgotamento sanitário

Realizada na manhã de hoje, na sede da 1ª Coordenadoria do Ministério Público em Juazeiro do Norte (MP), audiência publica onde foi debatido a buraqueira que vem aumentando em toda cidade de Juazeiro do Norte, bem como o esgotamento sanitário para coibir a lama podre nas ruas da cidade. A promotora de justiça Alessandra Magda Ribeiro Monteiro convocou a Companhia de Água e Esgotos do Ceará (CAGECE), a Prefeitura e a Câmara Municipal, para debaterem a problemática que afeta vários bairros da cidade. Segundo a promotora, a Lei Federal determina que todo cidadão tem obrigação de dar destinação correta aos dejetos, mas, em Juazeiro do Norte, muita gente teima em não ligar suas residências na rede de esgoto da CAGECE.

Representando a CAGECE esteve o gerente regional, engenheiro Expedito Galba Batista que afirmou o interesse da companhia em ligar todas as residência beneficiadas pela rede de esgoto. Expedito Galba afirmou que "no caso das pessoas de baixa renda, a CAGECE fará a ligação totalmente de graça. As demais ligações podem ser financiadas conosco, o que, em curto prazo, vamos minimizar a lama pobre que continua correndo nas ruas de nossa cidade". Foi debatido ainda a poluição nos ranchos e residência que utilizam cacimbas e poços profundos, onde, ao lado, existem fossas. Apesar da resistência e de uma Lei Municipal aprovada  pela Câmara de Vereadores, o MP vai entrar em ação para solucionar o problema. que é bastante sério.

Após os debates que tomou toda manhã, ficou acertado que o município de Juazeiro do Norte terá 20 dias para apresentar a possibilidade de mudança na lei referente ao esgotamento sanitário da cidade e a Secretaria do Meio Ambiente deve apresentar uma relação completa de empresas que trabalham com metais pesados e estão poluindo o solo juazeirense. Por sua vez a CAGECE tem cinco dias de prazo para apresentar cópias dos convênios em que se compromete em recuperar a malha asfáltica, onde fez ligações e reparos na rede de água. A prefeitura também tem que apresentar em cinco dias, cópia do plano municipal de saneamento básico do município.

Segundo a promotora Alessandra Magda, é inadmissível que uma cidade do porte de Juazeiro do Norte continue com suas residências jogando águas servidas e fétidas no meio da rua. "A Lei é Federal e o Ministério Público está sendo cobrado para que seja cumprida onde existe esgotamento sanitário", afirmou a promotora, salientando que "muita gente reclama dos valores cobrados pela CAGECE, que antes era 100 por cento do valor da taxa de água. Hoje baixou para 80 por cento e, dependo de entendimentos, pode até baixar mais". O MP acredita no bom senso de todas, mas, Juazeiro, uma cidade conhecida nacionalmente e até no exterior não pode continuar da forma como está. "Colocando as águas servidas na rede de esgoto, a exemplo das grande cidades, vamos diminuir em muito as doenças que são comuns em Juazeiro", afirma a promotora.


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