Preços exorbitantes assustam passageiros
Para quem frequenta a Rodoviária João Thomé, no entanto, estas informações não são assim muito precisas. Valdemar Vasconcelos, professor de biologia, em Fortaleza, e que estava de viagem para Icó, reclama dos preços nos cafés. Deveriam ser mais baratos, diz ele. Pagar R$ 2,00 Reais por um simples café, segundo ele, é muito caro. “Não é porque estamos em trânsito, afirma, que devemos ser explorados”. Depois chamou a atenção para a taxa de desembarque que, segundo ele, é muito alta e ninguém se beneficia com isso.
Marinara Girão Maia, estudante de Direito que viajava para Morada Nova, onde nasceu, também acha que os preços estão muito elevados na Rodoviária. Para ela, o melhor seria se os cafés da Rodoviária seguissem o preço do mercado. Afinal, como anda muita gente por ali, nem todos têm condições de pagar o que cobra um café como aquele.
Antônio Bezerra da Silva, agricultor e presidente da Associação das Comunidades Reunidas de Santo Antônio, em Jucás, também acha tudo muito alto na Rodoviária. O preço do café, para ele, deveria ser R$ 0,50 e não R$ 2,00. Para ele, a exploração não é feita pelo produtor, mas pelo comerciante. Segundo ele, a água de coco, na Rodoviária, custa R$ 2,50 enquanto o produtor vende a unidade a R$ 0,80. E chama a atenção para um detalhe importante. O produtor, segundo ele, está vendendo suas mercadorias sem obter quase nenhum lucro enquanto o comerciante explora o consumidor de forma exorbitante.
Outra Versão
Gerente do All Burguer, café e restaurante da Rodoviária, Otoniel Sousa Leão, um dos integrantes do MT&A, sigla dos proprietários das cafeterias e restaurantes da Rodoviária, tenta explicar. A Rodoviária, diz ele, é administrada pela Socicam. Tudo dentro dela, portanto, é pago e fala do mictório que custa R$ 0,75 e do banho que custa a R$ 2,00. Os aluguéis dos espaços que ali estão, por sua vez, também têm um preço elevado. “Digamos, diz ele, que um café destes renda 30 mil reais por mês? O proprietário terá que separar três mil reais para a Socicam. E por quê? Porque, além do aluguel, os donos dos cafés também pagam 10% sobre o lucro”. Se os alugueis fossem mais acessíveis, continua, os preços, naturalmente, seriam mais baratos. Mas quando se paga R$ 3.700 por um espaço de 4,5 metros quadrados e, somado a isso, a participação nos lucros, não dá para cobrar mais barato.
Pelos Ares
Mais elevado do que a Rodoviária, são os preços no Aeroporto Pinto Martins. Se o cafezinho custa R$ 2,00 na Rodoviária, no Aeroporto custa R$ 4,00 e o salgado varia de R$ 4,90 a R$ 6,80 enquanto na Rodoviária ele custa R$ 3,50. Para aqueles que pensam que só viaja de avião quem tem alto poder aquisitivo, está muito enganado. Everton Soares, natural de Jaguaribara, viajava de Fortaleza para Santa Catarina em busca de emprego. Estava desempregado. Joci Amador, marinheiro, também reclama dos preços no Aeroporto. Segundo ele, os sanduiches só chegam a R$ 14,00 porque não há fiscalização porque, se houvesse, A água, por exemplo, não chegaria a R$ 4,00 nem o suco de laranja a R$ 8,90. (Natalício Barroso)
tem mais, a taxa de embarque custa R$4,10..carai eh muito caro.
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