O bode tá na sala


Dólar fecha em R$ 2,45, maior nível desde a crise de 2008
Mesmo após duas intervenções do Banco Central, o dólar comercial - utilizado no comércio exterior - fechou na quarta-feira (21) em alta de 2,38% em relação ao real, cotado em R$ 2,451 na venda - maior valor desde 9 de dezembro de 2008, quando ficou em R$ 2,471.
O dólar à vista - referência para as negociações no mercado financeiro  subiu 1,17% em relação ao real, encerrando o dia cotado em R$ 2,428 na venda. O movimento da moeda foi influenciado pela ata da última reunião do Federal Reserve, banco central americano, que mostrou sinais de que a autoridade pode reduzir seu programa de estímulo econômico em breve.
Essa percepção aumentou após o FED ter revelado que avalia a criação de um novo mecanismo para reduzir os recursos do sistema bancário nos EUA e manter as taxas de juros de curto prazo em nível confortável quando começar a diminuir o incentivo econômico naquele país.
QUEDA
Na Bolsa, o Ibovespa - principal índice do mercado nacional - registrou instabilidade ao longo de toda a quarta-feira e fechou com leve baixa de 0,2%, a 50.405 pontos. Foi a segunda queda seguida do índice. A ata divulgada, na tarde de ontem, mostrou que a maioria dos 12 integrantes do Fomc (comitê de política monetária dos EUA) concordou que uma mudança no estímulo ainda não é apropriada.
Mesmo assim, a autoridade informou sobre o potencial de criar uma “linha com taxa prefixada para recompras reversas overnight de títulos” - transação em que o FED vende um título do Tesouro dos EUA para um operador primário do país ou para um grande fundo, e o recompra no dia seguinte. A operação retira, temporariamente, dinheiro do sistema bancário, enquanto o operador ou o fundo recebe os juros sobre a transação.
Para injetar recursos na economia, o FED recompra mensalmente, desde 2009, US$ 85 bilhões em títulos do governo - como parte do dinheiro vira investimentos em outros países, inclusive o Brasil, a possibilidade de um corte no incentivo já em setembro, quando haverá uma nova reunião do Fed, desagrada o mercado.

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