“Quando
se trata de recursos do cidadão brasileiro, não se pode confundir
solidariedade com liberalidade. O Brasil é um país livre e democrático.
Não pode alimentar ditaduras”.
A declaração é do presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV) no
Ceará, Carlos Matos, sobre a decisão do Governo Federal de perdoar 80%
de uma dívida de R$ 1,9 bilhão acumulada por países africanos com o
Brasil.
De acordo com reportagem do jornal O Globo, nações como Congo, Sudão, Gabão e Guiné Equatorial,
governadas por ditadores envolvidos em processos de corrupção e cujas
riquezas em petróleo e gás contrastam com a pobreza extrema de seus
habitantes, compraram produtos e serviços no mercado nacional e não
pagaram, deixando a fatura para ser socializada entre os 190 milhões de
brasileiros.
Para
Carlos Matos, o Brasil ser solidário com países mais pobres é
importante, aceitável e até digno, mas essa transferência sem critério,
principalmente para países que alimentam a ditadura é questionável.
“Numa ditadura não se tem acesso à liberdade plena de informações. Para
que esse dinheiro é dado? Chega aos cidadãos mais necessitados do País
ou alimenta um núcleo de poder que quer manter a ditadura a qualquer
custo?”, questiona.
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