O Brasil poderia revisar a compra de aviões dos EUA após a espionagem sofrida
Tradução: ADITAL
Em declarações realizadas durante sua visita ao Brasil, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, insiste em que seu país continuará com seus programas de vigilância para garantir a segurança de seus habitantes e do mundo em geral.
Por seu lado, o Brasil reitera o mal estar devido á vigilância efetuada pelo país norte-americano.
Espião. Assim um grupo de manifestantes que se congregou ante o Ministério das Relações Exteriores do Brasil chamou a John Kerry, onde este se reunia com seu homólogo brasileiro, Antonio Patriota. A multidão protestou junto à sede diplomática devido à vigilância dos EUA sobre as comunicações do país.
Na reunião, o chanceler sul-americano repreendeu ao político estadunidense sobre o monitoramento sobre o Brasil, revelado por Snowden, alegando que esse é um desafio para os vínculos entre ambos Estados.
Kerry por seu lado, pediu compreensão e evitou um compromisso em relação ao tema. Limitou-se a dizer que o que se faça em matéria de espionagem tentará ser feito com respeito aos seus sócios.
O analista Carlos Affonso Pereira de Souza acredita que agora se vive um momento propício para pôr limite aos programas de espionagem dos EUA e, além do mais, revisar alguns programas conjuntos em temas militares. "Me parece que temos uma solidariedade entre países da América Latina; sabemos que o Brasil foi um dos países mais monitorados”.
Referindo-se ao possível impacto da espionagem nas relações bilaterais, o analista afirmou que alguns planos de aquisições de aeronaves poderiam ser revisados.
"Agora, temos uma reação mais prática na gestão de compra de aviões dos EUA, que se traduz em que o Brasil está em um momento de reflexão acerca da possibilidade de comprar esses aviões”.
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Brasil, ante o desafio de reafirmar-se contra a espionagem dos EUA juntamente com a América
Tradução: ADITAL Após rechaçar a compra de aviões dos Estados Unidos, o Brasil tem a oportunidade, juntamente com toda a América Latina, de opor-se a Washington e proteger os direitos humanos de seus cidadãos ante a espionagem massiva, afirmam especialistas.
Compreensão. É o que pede o Secretário norte-americano de Estado, John Kerry, ao Brasil e a outros aliados, já que os EUA continuarão espionando em âmbito mundial, apesar das queixas de vários governos latino-americanos. Kerry fez esse anúncio em uma conferência de imprensa junto com o chanceler Antonio Patriota durante sua visita relâmpago ao Brasil.
O Ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, declarou hoje que devem "acabar as práticas que atentam contra a soberania”, fazendo alusão à espionagem global estadunidense.
Kerry espera que a política antiterror de Washington em âmbito global não interfira nas relações bilaterais com o Brasil. Após o escândalo de que Washington vigia as comunicações da nação sul-americana, os senadores brasileiros se opuseram abertamente à execução do acordo e da visita de Dilma Rousseff aos Estados Unidos em outubro próximo. No entanto, fontes oficiais asseguram que o ponto da compra dos caças não faz parte da agenda bilateral.
Especialistas asseguram que a Administração Obama tentará agora pôr panos quentes para conseguir o contrato milionário; porém, que não acabará sua política de espionagem.
"Me parece que a América Latina tem a oportunidade de criar um momento distinto para reafirmar-se na proteção de direitos humanos, como a privacidade e a proteção de dados pessoais de seus cidadãos e, com isso, criar um momento político distinto para fazer uma discussão sobre os limites dos programas de espionagem”, disse a RT o blogueiro José Luis Camacho.
"Parece que o governo norte-americano mudará um pouco as regras para fazer um monitoramento de conteúdo, de dados pessoais na Internet; porém, ainda é cedo para dizer quais serão os resultados, as mudanças que farão em sua legislação, na própria realização desse monitoramente, desse programa de espionagem”, concluiu.
Durante a visita do Secretário de Estado, realizou-se um protesto em frente à Secretaria de Relações Exteriores do Brasil. Kerry foi acolhido com gritos de "espião!”
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