Policlínica em Sobral amplia acesso a exames
O Ceará terá, no total, 22 policlínicas regionais construídas pelo Governo do Estado. Dez já estão em funcionamento em diferentes regiões de saúde, dez estão com as obras sendo concluídas e estão sendo equipadas para inaugurações. A nova rede é formada também por 19 Centros de Especialidades Odontológicas (15 em funcionamento, três sendo equipados para inaugurações e um a ser iniciado, cinco hospitais regionais, com dois funcionando em Sobral e Juazeiro do Norte, um em construção em Quixeramobim e dois a serem construídos na Região Metropolitana de Fortaleza e o outro no Maciço de Baturité.
No atendimento da Policlínica regional em Sobral, feito das 7 horas às 19 horas, de segunda a sexta-feira, a população dos 24 municípios conta também com serviços de enfermagem, nutrição, fisioterapia, terapia ocupacional. Somente na fisioterapia o número de atendimentos chegou a 2.251. No salão dos serviços de fisioterapia os pacientes utilizam equipamentos diversificados, como esteiras e bicicletas ergométricas. Para atender as necessidades dos pacientes, novos serviços serão ofertados a partir do próximo mês de setembro, entre eles a biopsia de próstata.
Municípios atendidos
Os 24 municípios atendidos na policlínica são: Alcântaras, Cariré, Catunda, Coreaú, Forquilha, Frecheirinha, Graça, Groaíras, Hidrolândia, Ipu, Irauçuba, Massapê, Meruoca, Moraújo, Mucambo, Pacujá, Pires Ferreira, Reriutaba, Santana do Acaraú, Santa Quitéria, Senador Sá, Sobral, Uruoca e Varjota. Todos esses municípios estão integrados no consórcio público de saúde, estratégia de gestão em que o governo do Estado compartilha com os municípios o custeio da unidade. Assim, oferta e assegura os serviços de saúde ofertados na policlínica para todos os municípios da região.
Com licença
Conto-lhes eu uma história - Sou filho do pós-guerra. Nasci na Praça João Pessoa, berço de ilustres sobralenses. Formei a vida de lutador nas peladas da praça, sempre jogando com os tios, amigos e vizinhos adultos, que era pra criar marra. Ouví conselhos e estumei cachorro em gato. Ví brigas e mortes. Aprendí muito mais a defender do que atacar. Isso porem, não me fez esquecer personagens que povoaram minhas infancia e juventude. O dr. Biná é um desses personagens. Bernardo Félix da Silva era um senhor negro, vamos dizer caboclo fechado, que é pra não remeter a Mãe Vovó Petronilha, A Racista. Era enfermeiro. Enfermeiro daqueles tempos, prático em tudo e de tão prático dava receita, sarjava tumor, tirava espinho e tinha um rotina diária de dezenas de injeções que aplicava em toda a cidade. Quem podia, pagava. Quem não podia, ia de graça. Ainda lembro do cheiro do álcool queimando sob aquele pequeno estojo de aço onde dr. Biná botava pra ferver o aparelho de dar injeção com suas temíveis (pra mim) agulhas. Éramos seus clientes. De tão bom, tão prestativo,virou vereador, quando vereador era defensor da cidade, sem salários e sem diarias pra viajar. Bernardo era caminho da minha casa pronde quer que eu fosse. Passava na frente da sua casa e sabia que estava lá porque sua bicicleta de selim forrado com um pelego estava sempre à porta e nunca foi roubada. Parava pra cumprimenta-lo e ouvia lá de dentro: Como vai Pompeu Macário? Fosse pro colegio, pro cinema, pra rádio, mais tarde, ou pra casa da namorada, passava na porta da casa do dr. Biná, como o chamávamos. Aí, lendo aí o nome da Policlinica que o Governo do Ceará fez na entrada da cidade, ví o nome e não aguentei: Meu Deus. O Dr. Biná continua vivo. No céu, mas vivo no meu coração e na generosidade de quem lembrou do nome dele para um equipamento que ele fez em cima de uma velha e pobre bicicleta.
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