Quando o PMDB sugere mudanças...sei, não.


EM REUNIÃO COM MINISTRO, BANCADAS DO PMDB E MAIORIA SUGEREM MUDANÇAS NO ‘MAIS MÉDICOS’
 
 
(Brasília 21.08.2013) Em mais uma ação de aproximação entre Senado e Governo, o líder do PMDB e da Maioria, senador Eunício Oliveira reuniu os membros das duas bancadas, nesta quarta-feira (21), com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha para debater o Programa ‘Mais Médicos’ e oferecer sugestões para aprimorar a medida.

Ao detalhar o Programa, que chegou ao Congresso através de Medida Provisória (MP 621/13), o ministro esclareceu que a iniciativa vai muito além da contratação de médicos. De acordo com ele, o texto traz um conjunto de ações voltado para a ampliação e melhoria do serviço público de saúde através de investimentos na infraestrutura, abertura de novas universidades e cursos de medicina (principalmente em localidades mais distantes dos grandes centros), oferta de novas vagas de residência médica e a contratação de novos profissionais (brasileiros e também estrangeiros).

Sobre a última e mais polêmica ação, Padilha argumentou que a seleção para contratação de profissionais formados no exterior está cumprindo critérios rígidos, e manterá esses profissionais estreitamente ligados ao programa e vinculados à universidade, com permanência de três anos, sendo possível a renovação. Ele explicou que o investimento de R$ 15 bilhões ajudará a corrigir graves erros na saúde pública, como na falta de atenção a formação de especialistas. “Nós não planejamos a formação de especialistas para o Brasil de hoje (...). O programa busca ações para enfrentar todos esses problemas, não é só contratação de mais médicos”, defendeu ao apresentar material que comprova média nacional de 1,8 médicos para cada mil habitante.

Plano de Cargos e Carreiras

Padilha ainda informou que o programa busca a profissionalização e qualificação dos médicos e pediu o apoio da bancada, principalmente no debate e construção do plano de cargos e carreiras da categoria. Os senadores Roberto Requião (PR) e Vital do Rêgo (PB) alertaram que este é o principal ponto para obter avanços e melhorias da proposta com a colaboração das associações e conselhos representantes dos profissionais de medicina. Para eles, garantir conquistas e incentivos aos médicos brasileiros através de uma carreira de estado, será fundamental para o deslocamento desses profissionais para as regiões mais periféricas do País.

Financiamento

Os peemedebistas mostraram preocupação com a falta de recurso para financiar a saúde pública no País. Além do número restrito de médicos, eles argumentaram que a crise no setor tem se agravado por falta de investimento. O senador Waldemir Moka (MS), que preside a Comissão de Assuntos Sociais, pediu que o governo se decida urgentemente sobre a questão do financiamento. “Ou o governo se adianta para resolver isso, ou votaremos os 10% da receita da União para a saúde”, alertou informando que a matéria deveria ter sido votada nesta quarta. Já o líder Eunício, disse que uma emenda de sua autoria, e apresentada à Proposta de Emenda à Constituição que trata sobre o orçamento impositivo, pode auxiliar o governo no direcionamento de recurso para o setor. De acordo com ele, sua sugestão é que 50% do valor aprovado para emendas individuais sejam destinados para custeio nas ações e serviços de saúde. “É uma forma de auxiliar o governo e manter os serviços nas nossas regiões”, garantiu.

Os senadores João Alberto (MA), Eduardo Braga (AM), Lobão Filho (MA), Sérgio Souza (PR) e Sérgio Petecão (AC) E Valdir Raupp (RO) também fizeram observações para melhoria da proposta, como valorização e maior incentivo financeiro para os médicos que serão destinados a lugares isolados, legislação que incentive a permanência dos profissionais nas cidades ou região em que a universidade de formação está localizada, em caso de contratação de médicos estrangeiros, priorizar a o estudante brasileiro, entre outras sugestões que serão apresentadas na Comissão que analisa a medida.

Também estiveram presentes na reunião o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), os senadores Pedro Simon (RS) , Luiz Henrique (SC), Casildo Maldaner (RS), Garibaldi Alves (RN) e a senadora Ana Amélia (RS)

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