Rede de Marina tenta nascer no TSE a fórceps

Acompanhada de amigos e simpatizantes, a presidenciável Marina Silva protocolou no TSE, nesta segunda, o pedido de registro da sua nova legenda, a Rede Sustentabilidade. Fez isso antes mesmo de os cartórios eleitorais concluírem o processo de verificação das 492 mil assinaturas de apoiadores exigidas pela lei.
A Rede diz ter recolhido 637 mil assinaturas. Desse total, os cartórios eleitorias espalhados pelo país liberaram 304 mil. Faltam 188 mil rubricas. O diabo é que a lentidão da checagem não combina com a pressa de Marina. Para participar da eleição de 2014, a Rede tem de obter a certidão de nascimento até 5 de outubro.
Numa tentativa de apressar o processo, os advogados da Rede pedem que as assinaturas que faltam sejam certificadas por meio da publicação de editais. Funcionaria assim: os cartórios eleitorais publicariam os nomes dos apoiadores da Rede. Se nenhuma pessoa reclamasse num prazo de cinco dias, as assinaturas seriam validadas.
Trata-se de providência inédita, jamais adotada pelo TSE. Caberá ao plenário do tribunal, composto de sete ministros, decidir se acata ou não a sugestão. Enquanto isso, Marina vive um paradoxo: nas pesquisas eleitorais, é um portento. Ocupa a segunda colocação. Na malha da Justiça Eleitoral, cavalga uma ficção que depende da boa vontade da burocracia para existir

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