“Guardian” critica lei antiterrorismo utilizada para reter brasileiro em Londres
Redação Portal IMPRENSA
Após a detenção do brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista Gleen Greenwald, o jornal The Guardian, publicou na última segunda-feira (19/8) um editorial no qual condena a ação da polícia britânica.
De
acordo com a publicação, a Cláusula 7, usada para reter Miranda no
aeroporto e também confiscar seus bens, foi “efetivamente descreditada
em sua forma atual” com o ocorrido. Para o jornal, reter pessoas que
tentam entra no país por até nove horas para interrogatório é uma “arma
útil”, mas uma “fonte potencial de injustiça”.
Segundo
o Terra, o editorial explica que a retenção do brasileiro é importante
por trazer novas questões com as quais o parlamento inglês terá de lidar
e não poderá mais ignorar.
“A
Cláusula 7 deve ser radicalmente restrita, de modo que seus poderes
excepcionais sejam aplicados apenas em casos realmente relacionados ao
terrorismo. Retenções devem exigir suspeitas fundamentadas. Materiais
confiscados devem ser devolvidos rapidamente, quando não há acusações ou
a segurança nacional esteja envolvida, como impressões digitais e
amostras de DNA são agora. O acesso a um advogado deve ser permitido”,
relata o jornal.
O Guardian
afirma também que o brasileiro mostra claramente não ter relação com o
terrorismo, e que sua detenção está ligada à sua relação com Greenwald.
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