Não se pode negar. Zeca Pagodinho, o artista, o partideiro, aquele que tem fama de boêmio e bom de copo é um cara... família. Em julho agora, veja só, ele enfrentou duas coisas que não gosta só para passar as férias com a mulher, Mônica, os filhos Elisa, Luizinho e Maria Eduarda e o neto Noah (filho de Elisa): sair do Brasil e andar de avião.
Na volta ao Rio, o grande sambista trocou dois dedos de prosa com Daniel Brunet, da turma da coluna, e contou como encarou cerca de nove horas até Miami, onde passou dez dias.
— Só viajo à noite e bastante calibrado. Tomei umas cervejas bacanas e embarquei. Bati papo com meus filhos, meu neto e apaguei. Só acordei lá. Aliás, eu não gosto de ir pra fora, não. Prefiro ir pra Manaus, Fortaleza, lugares longe do Rio, do que viajar pra fora — conta.
Zeca sabe algumas palavras e frases em inglês. Não o suficiente para se virar sozinho por lá.
— Meu filho ia me salvar, mas pegou a namorada e foi passear. Me deixou na mão — brinca.
Mas não foi nenhum problema. Os brasileiros, fãs de Zeca Pagodinho, também estavam por Miami.
— Eu andava pelas ruas e vinha alguém: “Zeca, você por aqui?” Aí eu perguntava: “Você fala inglês? Que bom, então me ajuda a pedir comida ali...” E assim foi. Por onde eu passava eu achava um brasileiro. Encontrei mineiro, gaúcho, paulista...
Nesse clima, Zeca encontrou uns 15 conterrâneos. E todos, veja só, vêm ao Rio, nos dias 9 e 10, assistir ao show do sambista no Citibank Hall, na Barra da Tijuca.
— Vou retribuir. Fiz amizades lá. Agora, os americanos têm que botar alguém que fale português para receber a gente. Tem muita gente que fala espanhol e até portunhol, mas tem que ter gente falado português. Nós estamos indo gastar lá, ué?
Mas aí, Zeca, é outra história...
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