Tá no UOL

Orla das praias de Fortaleza e Salvador terão 'banho de loja' 

AGUIRRE TALENTO
DE FORTALEZA
NELSON DE BARROS NETO
DE SALVADOR
Principais destinos turísticos do Nordeste, Salvador e Fortaleza preparam um "banho de loja" na orla marítima, com reformas orçadas em quase R$ 800 milhões.
Na capital baiana, a ideia é acabar com o improviso vigente há três anos, desde que a Justiça mandou derrubar as cerca de 600 barracas dos 31 km de praias da cidade.
Fortaleza quer tornar toda a orla própria para banho, entre outras melhorias.
Em ambos os casos, são apostas de prefeitos que assumiram neste ano --Roberto Cláudio (PSB), em Fortaleza e ACM Neto (DEM), em Salvador-- e buscam uma "marca" para as gestões.
Na capital cearense, onde 14 dos 31 pontos monitorados estavam impróprios para banho no último dia 2, a prefeitura iniciou vistoria nas ligações de esgoto dos imóveis e promete construir estações de tratamento para impedir que dejetos cheguem ao mar.
Há previsão de intervenções em toda a orla, como ciclovias e novos calçadões.
PACOTE
A promessa é concluir parte das obras até a Copa do Mundo de 2014, mas o pacote completo só deverá ser entregue no ano seguinte.
O custo da reforma chega a R$ 660 milhões, em recursos federais e municipais.
Na avenida Beira Mar e na praia do Futuro, focos do turismo na cidade, já há máquinas e operários em ação.
Para ampliar a faixa de areia e o calçadão, a avenida vai receber um novo quebra-mar (estrutura de pedras sobre o mar).
A capital cearense também deverá ganhar um VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos) turístico, que percorrerá a via em baixa velocidade, um museu sobre o mar projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012) e um monumento de aço inspirado no romance "Iracema", de José de Alencar, na praia homônima.
Para o secretário municipal de Turismo, Salmito Filho (PSB), incentivar a atividade é uma alternativa ao baixo nível de desenvolvimento de outros setores da economia local, fraca na agricultura e na indústria.
Diferentemente de Salvador, onde as barracas de praia foram derrubadas (leia texto abaixo) há três anos, a questão por ora não é problema na capital cearense: na última semana, a Justiça decidiu pela manutenção dessas estruturas na praia do Futuro, apontando a relevância econômica das instalações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário