Polícia Civil investiga destruição de imagens de santos em Copacabana
Cena polêmica ocorreu durante a realização da Marcha das Vadias. No mesmo dia, a cidade estava lotada de peregrinos da Jornada Mundial da Juventude
A Polícia Civil investiga a ação de um casal integrante da Marcha das Vadias no último sábado durante um protesto em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Com a praia lotada de peregrinos católicos por ocasião de um dos eventos da Jornada Mundial da Juventude, um homem e uma mulher destruíram imagens de santos e sentaram em crucifixos. A informação foi antecipada pelo Informe do DIA .
De acordo com o delegado José William de
Medeiros, da 12ª DP (Copacabana), alguns das garotas já foram
identificadas e serão convocadas a prestar depoimento. Um inquérito já
foi instaurado para apurar o caso.
É livre o direito de se manifestar, no entanto atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes ligados à intolerância religiosa.
“É um momento sagrado para nós e o protesto deveria ser menos agressivo. Rezei um terço e pedi que Jesus os abençoasse”, disse a fiel Eulália Cabral, 56, espantada com a cena.
Antes do protesto, a ativista Rogéria Pexinho, havia afirmado que o objetivo da marcha não era entrar em confronto ou provocar religiosos. "A gente não quer confronto com religião. Nós queremos protestar contra o Estado", disse.
O movimento, que luta contra a violência sexual, defende a legalização do aborto e é contra a utilização de dinheiro público em eventos religiosos, também pediu explicações para o desaparecimento do pedreiro Amarildo, da Rocinha.
Segundo seus representantes, a Marcha das Vadias luta contra a violência sexual, defende o direito das mulheres de usarem o corpo como quiserem, luta pela legalização do aborto, contra os investimentos superfaturados em eventos religiosos, contra a violência policial nas manifestações populares e levanta a bandeira do pedreiro Amarildo, que está desaparecido desde o dia 14 de julho quando foi levado para a sede da UPP da Rocinha.
É livre o direito de se manifestar, no entanto atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes ligados à intolerância religiosa.
Marcha das Vadias em Copacabana tem protesto com símbolos católicos
José Pedro Monteiro / Agência O Dia
José Pedro Monteiro / Agência O Dia
Tumulto
Apesar do choque de ideologias, tudo
corria bem, até que por volta das 14h30 de sábado formou-se uma pequena
confusão. Um grupo de cerca de 50 peregrinos encontraram os ativistas da
Marcha das Vadias. Os fiéis iniciaram a provocação, fizeram gestos
obscenos e entoaram os versos "Esta és la juventud del Papa".
Argentinos chegaram a balançar grades, mas o
confronto não chegou às vias de fato. As manifestantes responderam as
provocações dançando, mostrando os seios e rebolando. Gritos contra o
Papa e a Igreja eram entoados em meio às "Vadias". No entanto, o auge da
tensão foi quando um casal começou a quebrar santos e sentar sobre
cruzes.“É um momento sagrado para nós e o protesto deveria ser menos agressivo. Rezei um terço e pedi que Jesus os abençoasse”, disse a fiel Eulália Cabral, 56, espantada com a cena.
Antes do protesto, a ativista Rogéria Pexinho, havia afirmado que o objetivo da marcha não era entrar em confronto ou provocar religiosos. "A gente não quer confronto com religião. Nós queremos protestar contra o Estado", disse.
O movimento, que luta contra a violência sexual, defende a legalização do aborto e é contra a utilização de dinheiro público em eventos religiosos, também pediu explicações para o desaparecimento do pedreiro Amarildo, da Rocinha.
Segundo seus representantes, a Marcha das Vadias luta contra a violência sexual, defende o direito das mulheres de usarem o corpo como quiserem, luta pela legalização do aborto, contra os investimentos superfaturados em eventos religiosos, contra a violência policial nas manifestações populares e levanta a bandeira do pedreiro Amarildo, que está desaparecido desde o dia 14 de julho quando foi levado para a sede da UPP da Rocinha.
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