Sobral: Suposto sumiço de equipamentos do HRN gera conflito entre Ciro e Oscar Costa Filho
O Governo do Estado do Ceará e o Ministério Público Federal travam uma discussão sobre uma auditoria do Ministério da Saúde, sobre o suposto desaparecimento de 18 equipamentos comprados para o Hospital Regional Norte, em Sobral, com recursos do Governo Federal. Nessa segunda-feira (14) o assunto ganhou novos desdobramentos com a coletiva de imprensa convocada pelo procurador da República Oscar Costa Filho e com a divulgação da nota à imprensa do secretário de saúde do Estado do Ceará, Ciro Gomes.Durante coletiva de imprensa, na manhã de ontem, o Oscar Costa Filho disse que seu papel nas investigações do HRN não é uma questão pessoal. “É tudo no campo político e profissional”, garantiu. Oscar, no entanto, disse que o secretário Ciro Gomes tem praticado improbidade administrativa e que por isso vai entrar na Justiça “para tentar comprovar a incompatibilidade do secretário na pasta”. O procurador chamou de “novo coronelismo” a prática de “barrar as investigações”.
Já Ciro, em nota, repudiou as ações do procurador da República diante das investigações ao HRN e disse que o procurador “deslustra a nobre função do Ministério Público” quando o acusa de crimes.
Leia a nota de Ciro Gomes na íntegra:
“Mais uma vez o irresponsável e mentiroso procurador da República, Oscar Costa Filho, convoca a imprensa na sua ânsia patológica por aparecer e se aprofunda na sua leviandade. Na última sexta-feira (11/10) afirmou para um jornal paulista que equipamentos do Hospital Regional Norte tinham sumido”. No dia seguinte, pela manhã, levamos a imprensa, mais uma representação do Ministério da Saúde e sua auditoria, para demonstrar, um por um, presença dos equipamentos levianamente ditos como “sumidos”. A imprensa cearense e paulista viram e fotografaram todos os equipamentos dentro do Hospital.
Oscar Costa Filho, agora, demonstra ser nada mais que um politiqueiro mentiroso, que deslustra a nobre função do Ministério Público, me acusando de crimes. Por isso será processado por calúnia. Chega ao cúmulo na sua compulsão exibicionista de afirmar que o secretário da Saúde cometeu um “crime político” e
que pediria a minha demissão, quando qualquer rábula sabe que não existe crime político no Brasil desde o fim da ditadura militar e que quem demite e admite secretário de Estado é apenas o Governador. Tenho 37 anos de serviços prestados ao povo cearense e brasileiro e nehuma mancha na minha vida pública, portanto gosto de ser fiscalizado.
Informo à opinião pública que ainda esta semana faremos chegar ao Conselho Nacional do Ministério Público e ao Poder Judiciário denúncia funcional e criminal contra o tresloucado procurador. Cabe também à opinião pública e à comunidade jurídica o debate se é papel do Ministério Público ficar batendo boca com políticos pela imprensa uma vez por semana. O tempo em que ele oprimia, com ameaças, modestos servidores da Secretaria da Saúde do Estado acabou no dia da minha posse.
Ciro Gomes
Secretário da Saúde do Estado do Ceará”.
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