Linha Leste: Cid Gomes se reúne com estatal
italiana Ansaldo Breda
A Linha Leste do Metrô de Fortaleza será a maior
obra da história do Ceará. O investimento é de R$ 2,3 bilhões e interligará as
Linhas Oeste, Sul e ao ramal Parangaba-Mucuripe. O contrato foi assinado no
último dia 11.
O governador Cid Gomes se reuniu nesta
sexta-feira (25), em Roma, na Itália, com a diretoria da empresa estatal
Ansaldo Breda. Durante a reunião, o Governador, acompanhado do secretário da
Infraestrutura, Adail Fontenele, expuseram a Linha Leste do Metrô de Fortaleza
e convidaram a estatal a participar da licitação de sistema e controle tráfego
e da Parceria-Público-Privada (PPP) para a Linha. A Ansaldo Breda venceu
processo licitatório para o fornecimento de trens para a Linha Sul, que já está
em operação assistida. Ainda nesta sexta-feira (25) e no sábado (26), o
Governador visitará obras de mobilidade urbana na Itália
O contrato para obras civis da Linha Leste do
Metrô de Fortaleza foi assinada no último dia 11. O consórcio vencedor da
licitação - Cetenco-Acciona -, é formado pelas empresas Cetenco Engenharia e
Acciona Infraestructuras. "Estamos testemunhando a assinatura do maior
contrato público da história do Estado do Ceará", comemorou Cid Gomes
durante a assinatura do contrato. A execução da Linha Leste é o maior
investimento já feito em toda a história do Ceará, com o valor R$ 2,3 bilhões.
Esse processo de licitação permitiu que o Governo do Estado fizesse uma
economia de cerca de R$ 240 milhões em relação ao preço do edital.
O projeto da Linha Leste prevê a construção de
onze estações: Estação da Sé, Luiza Távora, Colégio Militar, Nunes Valente,
Leonardo Mota, Papicu, HGF, Cidade 2.000, Bárbara de Alencar, CEC e Edson
Queiroz. Além dessas, haverá integração com as Linhas Oeste e Sul na estação
central Chico da Silva, totalizando doze estações. Serão 12,4 km de extensão. A
linha será operada com trens elétricos que transportarão cerca de 400 mil
pessoas diariamente. O projeto se integrará ainda às Linhas Sul; Oeste, remodelada,
ao ramal Parangaba-Mucuripe (VLT), também em obras, e aos terminais de ônibus.
A linha subterrânea seguirá em boa parte o trajeto da avenida Santos Dumont. A
Linha Leste, fará parte do Programa “Mobilidade Grandes Cidades”, do Governo
Federal. Estão garantidos cerca de R$ 2 bilhões em recursos federais para o
projeto, sendo R$ 1 bilhão do Orçamento Geral da União e R$ 1 bilhão
financiados pela Caixa Econômica Federal. A contrapartida do Governo do Estado
do Ceará é de pouco mais de R$ 1 bilhão ( R$1,034 bi). Os recursos estaduais
serão usados para a Parceria Pública Privada, que vai contemplar todo o
material rodante e sistemas e a operação dos quatro sistemas metroviários de
Fortaleza. Esses recursos estaduais também serão usados para projetos, administração
de obra, desapropriações e remoção de interferências
As duas primeiras máquinas tuneladoras, do total
de quatro, vieram de Shangai, na China, onde foram testadas pela empresa
responsável pela fabricação: The Robbins Company acompanhada de técnicos da
Seinfra. As duas outras máquinas restantes estão sendo montadas para testes e
embarque para o Ceará até o final do ano. As primeiras tuneladoras adquiridas
pelo Governo do Estado chegaram no navio Spring Canary fretado exclusivamente
para esse tipo de transporte. As máquinas tuneladoras do tipo Tunnel Boring
Machine (TBM) foram compradas mediante licitação ocorrida em junho de 2012. O
valor do investimento foi de R$ 128.224.258,52. Os equipamentos chegaram
acondicionadas em 16 contêineres junto com mais 50 peças.
O Shield como é chamado a parte dianteira da
máquina, responsável pela escavação, tem 6,9 metros de diâmetro e 10 metros de
extensão e cerca de 460 toneladas. Na parte traseira do shield são montados dez
carros/trailers com os equipamentos auxiliares da máquina, chamado back-up da
tuneladora, onde estão a cabine de controle, unidade hidráulica,
transformadores, painéis elétricos, enrolador de cabos, sistemas de
lubrificação, de espuma e de injeção de Grount, Betonita, compressores, câmara de
primeiros socorros, dentre outros. Ao todo, o shield e o backup, que formam a
tuneladora, têm 125 metros de extensão, com cerca de 737 toneladas. As outras
duas tuneladoras estão sendo montadas na mesma unidade da Robbins na China,
para realização de testes em fábrica. O equipamento é composto ainda por
Sistema de Transporte do material escavado, através de correias
transportadoras; Sistema de montagem de anéis; Sistema de injeção de concreto
grout, betonita, dentre outros sistemas auxiliares. O Contrato com a empresa
The Robbins Company inclui ainda outros equipamentos a serem utilizados na
obra, quatro Sistemas de Ventilação, sendo um para cada conjunto túnel/máquina;
Correias Transportadoras para o transporte do material escavado por toda
extensão dos cerca de 20 km de túneis; Formas e Equipamentos Auxiliares a serem
utilizados em duas fábricas de anéis, que deverão produzir cerca de 20
anéis/dia cada fábrica.
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