PT vai aguardar acordo entre Eunício e Cid
Rui Falcão considerou “prematura” qualquer declaração de apoio. E disse não querer confronto. “É prematuro definir qualquer palanque. Nós não queremos confrontar com os aliados. Tem companheiro que acha que a presidenta só deva ir a palanques dos candidatos do PT. Acho uma política equivocada. Nós devemos prestigiar os aliados”, disse o petista, acrescentando que, futuramente, Dilma Rousseff discutirá como será realizada a campanha eleitoral nos estados.
Segundo Rui Falcão, o PT vai discutir, internamente, a conjuntura eleitoral, mas vai aguardar o posicionamento oficial das demais legendas. A ideia é evitar rupturas e acomodar os aliados, em razão da possibilidade de diversos palanques de apoio à reeleição de Dilma.
Em visita a Fortaleza, ontem, Falcão minimizou o clima de tensão dos bastidores, ao falar dos pleitos existentes no PMDB e no Pros. Ambos desejam lançar candidato próprio ao Palácio da Abolição nas eleições deste ano. Ao comentar o assunto, o petista afirmou que “os dados não estão jogados”, o que existe, na verdade, são “pleitos de candidaturas”. Ao que tudo indica, a estratégia, até o momento, é não se comprometer e ficar aguardando as definições.
GRATIDÃO
Rui Falcão manteve o discurso de que o PT precisa observar o gesto realizado pelo governador Cid Gomes, que, ano passado, trocou o PSB pelo Pros para manter-se na base da presidente Dilma Rousseff. Por outro lado, o petista disse ter “simpatia” pela candidatura do senador Eunício Oliveira (PMDB). Para o petista, é legítimo o desejo dos partidos de indicar um candidato à sucessão estadual deste ano, mas o diálogo deve prevalecer.
“Queremos uma aliança que abarque todos os partidos”, resumiu Rui Falcão à imprensa, durante intervalo da reunião com membros da direção estadual e municipal, além de parlamentares e prefeitos.
RACHA
Rui Falcão comentou, ainda, as divergências entre os grupos ligados à ex-prefeita Luizianne Lins e ao deputado José Guimarães, que possuem posições opostas quanto ao pleito eleitoral no Estado. “Isso é natural. Faz parte do processo interno do PT”, disse, relembrando que, em 2012, o partido divergiu sobre a escolha do nome do candidato à Prefeitura de Fortaleza, mas, ao final, todos marcharam unidos. “Será assim da parte da Luizianne. Ela fará campanha pela Dilma dia e noite”, disse ao responder sobre o papel de Luizianne, caso o partido decida apoiar algum dos aliados e não ter candidato próprio. Disse, também, que a ex-prefeita terá “papel importante” na campanha.
Luizianne volta a defender candidato próprio
A ex-prefeita Luizianne Lins (PT), que também participou do encontro, voltou a defender a tese de candidatura própria do PT ao Governo do Estado. “Diante desse desgaste, acredito que o PT deveria buscar seu caminho próprio. Manter os palanques da Dilma com candidatos a governador pedindo voto pra ela”, afirmou Luizianne, acrescentando que, num possível segundo turno, os partidos voltam a se coligar.
“Nenhuma pedra”
Durante entrevista, Luizianne Lins teceu críticas ao prefeito Roberto Cláudio (Pros), reafirmando que ele não tinha “preparo nenhum” quando assumiu a Prefeitura de Fortaleza. A petista também afirmou que RC só está conseguindo administrar, porque os projetos executados já estavam licitados pela gestão anterior. “Nenhuma pedra que ele move que não tenha sido dinheiro deixado, articulado, licitado por mim. Pegamos a Prefeitura com muitas dificuldades e foram muitos anos para construir as coisas”, alfinetou.
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