RC descarta aumento para servidores
O chefe do Executivo disse que seu compromisso “é dar a inflação” e já solicitou um estudo para avaliar o impacto financeiro sobre o índice de reajuste, mas não se mostra otimista diante das possibilidades de ultrapassar a inflação. “Meu compromisso é garantir o IPCA da inflação. Como o reajuste ficou um pouco abaixo da inflação, iremos estudar a possibilidade do Município enviar outra mensagem que chegue a 5,91%. Mas não está certo”, disse. Em 2013, o Estado concedeu aumento também equivalente a 5,7%.
Segundo informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a “inflação oficial” fechou o ano passado em 5,91% - acima da taxa de 5,84% de 2012. O índice ainda ficou dentro do teto da meta de inflação do Banco Central, de 6,5%.
Sobre a manifestação planejada pelos servidores públicos para o dia 3 de fevereiro, data marcada para retorno dos trabalhos da Câmara Municipal, Roberto Cláudio considerou “legítimo” e “natural”, relembrando que, atendendo à demanda dos sindicatos, abriu a Mesa de Negociação e se reuniu com diversas categorias. “Gosto do diálogo. E creio que tenho responsabilidades, inclusive, do ponto de vista financeiro”, salientou.
GANHO REAL
Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos de Fortaleza (Sindifort), Nascelia Silva, quem determina as pautas prioritárias é a categoria. Para ela, a categoria não tem interesse “em referendar as ações do governo”, uma vez que o funcionalismo deseja reconquistar suas perdas salariais de 2011 a 2013. A ideia é recompor seu ganho real, além da inflação registrada em Fortaleza, que foi de 6,38%.
“Se não ocorrer, infelizmente, vamos ter que mobilizar a categoria”, disse Nascelia, que não descartou a possibilidade de uma paralisação. Ela ressalta, ainda, que espera que o prefeito mantenha um diálogo “respeitoso” com a categoria. A sindicalista aponta que uma outra prioridade dos servidores é a redução do número de terceirizados e a realização de concurso público.
ESTUDO
O Sindifort, por sua vez, informa que estudo econômico encomendado mostra que o reajuste concedido pela Prefeitura não cobre a inflação registrada em Fortaleza, além de ter ficado aquém dos 15% reivindicados pelo funcionalismo, o que, segundo o sindicato, tem causado insatisfação da categoria. Conforme o estudo, o índice proposto pela prefeitura e aprovado na Câmara Municipal não tem justificativa, já que o comprometimento da Receita Corrente Líquida (RCL) com pessoal foi de 43% em 2012, bem distante do limite prudencial estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 51,3%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário