Integração de polícia será legado da Copa

Calcanhar de Aquiles do governo do Ceará, a área da segurança pública tem recebido atenção especial não só do governador Cid Gomes, como também do governo federal. No último ano de gestão, ao completar o segundo mandato, Cid Gomes já admitiu que a área ainda não está da maneira que deseja, apesar dos investimentos. Em ano de eleição, o governador aposta todas as fichas em uma nova política de segurança pública.
Atentos a possível repercussão negativa e internacional na Copa do Mundo de 2014, representantes da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos (SESGE), ligada ao Ministério da Justiça, e o secretário de Segurança Pública, Servilho Paiva, estiveram reunidos, ontem, em Fortaleza, para discutir algumas estratégias.
Em conversa ao jornal O Estado, o secretário extraordinário do órgão, Andrei Augusto Passos Rodrigues, assegurou que os gestores envolvidos estudam medidas para garantir o controle da violência e ressaltou que um dos legados do evento para a área de Segurança Pública será a integração do policiamento entre os estados após o mundial Segundo explicou, a reunião teve a finalidade de detalhar a atuação dos órgãos envolvidos no plano de segurança da Copa, “para que haja uma total interação entre todos eles”.
“O que queremos é deixar para a população, depois da Copa, um legado na forma de atuar do setor de segurança pública. O que fica é justamente a integração entre os estados”, disse Andrei, citando que cada localidade tem sua especificidade.
“NÃO ASSUSTA”
Questionado sobre o fato de Fortaleza ser a sétima cidade mais violenta do mundo – segundo pesquisa da ONG (organização não governamental) Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, do México  – Andrei ressaltou que a situação não “assusta”, porém, segundo ele, leva o órgão a readequar seu plano de segurança, assim como o “puxadinho” da construção do Aeroporto Internacional Pinto Martins. “As situações nos levam a realizar uma readequação de segurança, de acordo com as condições oferecidas e montadas. Isso pode trazer mudanças, e não prejuízos”, destaca. A ideia, segundo ele, é tornar as cidades seguras, onde a população local e os turistas possam trafegar com tranquilidade.
Para que isso aconteça, segundo o secretário, equipamentos de segurança já estão sendo utilizados pelos governos estaduais, inclusive o do Ceará. Durante a Festa de Réveillon, equipamentos, como a Plataforma de Observação Elevada (POE) - veículo de captação de imagem – foram novamente testados. Segundo explicou, o equipamento visa a possibilitar às instituições de segurança pública e defesa civil condições de visibilidade privilegiada, facilitando a rápida identificação de ações criminosas ou perturbações, como as manifestações planejadas para ocorrerem durante o evento esportivo.

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