Previsão é de 60% acima do esperado
“Gostaria de anunciar um sinal mais promissor, mas, infelizmente, é isso que a ciência nos diz. Nosso objetivo não é emitir uma mensagem de esperança, e sim, a melhor mensagem possível em termo de informação meteorológica”, resumiu o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins.
Variabilidade
Martins explicou que existe uma variabilidade dentro do Estado, todavia, os setores mais afetados com chance de chuvas abaixo da média é a região do Centro-Sul do Ceará. Já o setor Noroeste tem maiores probabilidades de ter precipitações dentro da média. “Nós temos um Atlântico ainda desfavorável e condições de neutralidade no Pacífico, e essas são as duas maiores forças que resultaram nessa previsão”, disse o presidente. “Quase não tivemos chuvas em dezembro e em janeiro, e isso já havia sido observado por nós”. A descida da chamada zona de convergência em direção ao Estado, que é quando duas correntes de ar se encontram e se interagem, provocando fenômenos naturais como chuvas, não é vista como grande probabilidade, pois “os modelos indicam que a zona ficará posicionada mais ao norte e não tão próximo à nossa costa”.
O presidente também ressaltou a sofisticação das análises técnicas realizadas pela Funceme que, desde o ano passado, adota um modelo global que simula a atmosfera de todo o planeta. O órgão continuará monitorando e avaliando os fatores que podem influir em nossa quadra chuvosa, sendo que a atualização do prognóstico será feira na próxima reunião climática promovida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte na segunda quinzena do próximo mês.
Inmet e balanço
O Inmet previu, há duas semanas, que o Nordeste poderia ter chuvas abaixo da média. Para o primeiro trimestre deste ano, o Inmet vê 40% de possibilidade de chuvas dentro da média e 35% de probabilidade de ficarem abaixo da média para o semiárido do Ceará, do Piauí, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do norte da Bahia. Existem ainda 25% de chances de precipitações acima da média.
O secretário de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, traçou um balanço de todos os esforços empreendidos pelos governos estadual e federal no combate aos efeitos da seca. Ele ressaltou as ações de programas como o Seguro-Safra e os esforços na distribuição de água, através dos carros-pipas e da perfuração de poços.
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