Ninguem aguenta mais tanta violência sem segurança

A pacata cidade de Santana do Cariri, localizada na região do Cariri-Oeste, com uma população de pouco mais de 17 mil habitantes, está passando por uma onda de insegurança pública inédita na história do município. Antes, a cidade era tida como um paraíso. Todavia, hoje, está vivendo um clima de medo e intranquilidade ocasionados, principalmente, pelo tráfico de drogas, roubos a estabelecimentos comerciais e residenciais, além de homicídios e estupros.
Os moradores afirmam que estão sendo alvo de constantes assaltos tanto em plena luz do dia como à noite, e isso vem ocorrendo tanto na sede do município, como na zona rural. Segundo a população, as forças policiais, apesar de terem a boa vontade para coibir a ação desses criminosos, estão trabalhando sem a menor estrutura. Relatos dão conta de que o município não tem sequer uma viatura da Polícia Militar. O único carro disponível para o patrulhamento é um veículo cedido pela Prefeitura Municipal, do programa Pró-Cidadania.
Delegacia em obras
Outro problema apontado pelos moradores é a falta de uma delegacia de Polícia na cidade. Quando as pessoas são pegues em fragrante, têm que ser levadas para os municípios vizinhos de Nova Olinda, Altaneira ou para o município do Crato, que fica a cerca de 50 quilômetros de Santana do Cariri. A situação está tão precária que não há, na cidade, como se registrar um simples boletim de ocorrência, pela prosaica razão de que não há nenhum computador interligado ao sistema da Secretaria de Segurança Pública do Estado. Para piorar, as obras de reforma da cadeia pública, que foram iniciadas pela Secretaria de Justiça do Estado, estão paradas há mais de três anos, fato que revolta a população.
Assalto a comércio
O comerciante Cícero Salu denuncia que, recentemente, foi assaltado em seu estabelecimento comercial. Na ocasião, os bandidos, em plena luz do dia, chegaram a seu comércio e apontaram uma arma para a sua cabeça, forçando-o a ir até o cofre. “Os criminosos levaram a quantia de R$ 18 mil, e, se eu não tivesse aberto o cofre, eles teriam me matado. Foi um momento de muita tortura e angústia”, relata o comerciante. Cícero conta ainda que, como morador a muitos anos de Santana do Cariri, nunca tinha visto uma ação tão audaciosa como esta. “O pior de tudo isto é que meu estabelecimento estava cheio de clientes, e meu medo era que eles fizessem alguma coisa contra eles”. Por fim, ele critica a sensação crescente de insegurança na cidade. (com informações de Amaury Alencar).

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