Guimarães minimiza críticas a Campos
O artigo pontua, entre outros ataques, que o governador é um “playboy mimado” e que “vendeu a alma à oposição” ao descartar aliança com o PT e se lançar candidato ao Palácio do Planalto. Além de Campos, o texto critica a ex-senadora Marina Silva (PSB), chamando-a de “ovo de serpente” e que teria virado uma “pedra no sapato”, em referência às divergências entre os dois frente à política de alianças adotada pelo PSB.
Para Guimarães, é preciso “devotar respeito” ao PSB, que, até pouco tempo, era aliado do governo. “Quem sabe, lá na frente, não vamos precisar dele?”, sugeriu o líder, que se referia a uma perspectiva de segundo turno. A opinião é compartilhada por outros petistas, que também tentaram amenizar o assunto. Guimarães disse, ainda, lamentar a saída de Campos da base aliada do governo Dilma Rousseff e admitiu que o PT está ressentido com a debandada do PSB “para a direita”. “Até outro dia (Campos) estava do nosso lado e, agora, saúda o PSDB no governo dele. Isso dói”, reclamou.
ESTRATÉGIA
Segundo aliados do PT, a estratégia é não fazer autocrítica e não permitir que a história ganhe maiores proporções. Embora o PSB seja adversário de Dilma Rousseff na eleição presidencial deste ano, a política de boa vizinhança com o ex-aliado ainda é forte dentro do PT. Nos bastidores, a ordem é não prolongar o assunto. Porém, o comentário é de que nem partido nem governo se beneficie com o episódio.
MENSALÃO
Ainda durante entrevista, Guimarães não quis opinar sobre a situação do deputado João Paulo Cunha (PT/SP), que aguarda a expedição do mandado de prisão para iniciar o cumprimento de sua pena de 6 anos e 4 meses por corrupção passiva e peculato pelo envolvimento no processo do mensalão. Alguns petistas defendem que Cunha deve renunciar ao mandato de deputado federal assim que for preso, o que evitaria o desgaste de um processo de cassação no Parlamento, em pleno ano eleitoral. “Não vou me pronunciar sobre isso em respeito à dor dele”, afirmou. (Com Agências)
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