O bom sendo de Guimarães


Guimarães minimiza críticas a Campos
O texto publicado na página oficial do PT no Facebook com duras críticas ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), foi minimizado pelo deputado federal José Nobre Guimarães, atual líder do PT na Câmara dos Deputados e vice-presidente nacional da sigla. De acordo com ele, o artigo não retrata uma posição oficial da direção petista, mas sim, a opinião de militantes. Portanto, “não temos de criar uma crise onde não tem”. Campos é potencial adversário de Dilma Rousseff (PT) na disputa pela presidência da República em 2014.
O artigo pontua, entre outros ataques, que o governador é um “playboy mimado” e que “vendeu a alma à oposição” ao descartar aliança com o PT e se lançar candidato ao Palácio do Planalto. Além de Campos, o texto critica a ex-senadora Marina Silva (PSB), chamando-a de “ovo de serpente” e que teria virado uma “pedra no sapato”, em referência às divergências entre os dois frente à política de alianças adotada pelo PSB.
Para Guimarães, é preciso “devotar respeito” ao PSB, que, até pouco tempo, era aliado do governo. “Quem sabe, lá na frente, não vamos precisar dele?”, sugeriu o líder, que se referia a uma perspectiva de segundo turno. A opinião é compartilhada por outros petistas, que também tentaram amenizar o assunto. Guimarães disse, ainda, lamentar a saída de Campos da base aliada do governo Dilma Rousseff e admitiu que o PT está ressentido com a debandada do PSB “para a direita”. “Até outro dia (Campos) estava do nosso lado e, agora, saúda o PSDB no governo dele. Isso dói”, reclamou.

ESTRATÉGIA
Segundo aliados do PT, a estratégia é não fazer autocrítica e não permitir que a história ganhe maiores proporções. Embora o PSB seja adversário de Dilma Rousseff na eleição presidencial deste ano, a política de boa vizinhança com o ex-aliado ainda é forte dentro do PT. Nos bastidores, a ordem é não prolongar o assunto. Porém, o comentário é de que nem partido nem governo se beneficie com o episódio.

MENSALÃO
Ainda durante entrevista, Guimarães não quis opinar sobre a situação do deputado João Paulo Cunha (PT/SP), que aguarda a expedição do mandado de prisão para iniciar o cumprimento de sua pena de 6 anos e 4 meses por corrupção passiva e peculato pelo envolvimento no processo do mensalão. Alguns petistas defendem que Cunha deve renunciar ao mandato de deputado federal assim que for preso, o que evitaria o desgaste de um processo de cassação no Parlamento, em pleno ano eleitoral. “Não vou me pronunciar sobre isso em respeito à dor dele”, afirmou. (Com Agências)

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